Os refugiados que estão deixando seus países nos últimos meses, principalmente da Síria, por causa dos conflitos, das perseguições e também para escapar da miséria que assola algumas regiões do continente asiático, receberam uma ajuda especial do Atlético. O Furacão divulgou ontem que aderiu ao programa de ajuda humanitária e, no duelo contra a Ponte Preta, domingo, às 11h, na Arena da Baixada, o clube vai doar R$ 1 de cada ingresso do público total que comparecer na partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
Dentre os clubes de futebol, o pioneiro nesta ação de doar parte do valor dos ingressos para os refugiados do continente europeu foi o Porto. A iniciativa do clube português fez outros clubes da Europa realizarem doações para cessar a crise dos imigrantes. Real Madrid e Bayern de Munique, por exemplo, já doaram um milhão de euros cada para ajudar na causa.
A exemplo do que tem acontecido em todos os estádios brasileiros neste Campeonato Brasileiro nos jogos realizados às 11h, a expectativa é de que a Arena da Baixada receba, diante da Macaca, um grande público neste domingo. A média de público do Furacão no Brasileirão é de 16.691 torcedores por jogo e, mesmo com o momento ruim do clube na competição nacional, a expectativa é de que o público supere essa média.
Torcida na bronca com a má fase
O reflexo do momento ruim que o Atlético vive refletiu fora das quatro linhas. Apesar de ser um jogo eliminatório e de ser o caminho mais curto para a Libertadores da América, o torcedor rubro-negro não compareceu em grande número e pouco menos de 10 mil pessoas acompanharam o duelo contra o Brasília. Foi, também, um dos piores públicos do clube no ano.
O torcedor que foi à Arena da Baixada ainda protestou. Antes de a bola rolar, a torcida pediu raça ao time. Os protestos não pararam por aí e, ao invés de gritarem os nomes dos atuais jogadores, os torcedores gritaram os nomes dos ídolos que marcaram a história do Furacão no título de 2001 do Brasileirão.
Apesar da atuação ruim, o meia Daniel Hernández, autor do gol da vitória sobre o Brasília, acredita que o resultado positivo dará mais confiança para o Furacão retomar seu bom momento no Campeonato Brasileiro. “Voltamos a ter confiança e sabemos que temos um bom grupo. Esperamos no domingo voltar a vencer”, apontou o armador colombiano.
Daniel Hernández, que tem sido peça importante no Atlético desde que chegou ao clube, durante a temporada, fez, contra o Brasília, seu primeiro gol com a camisa atleticana. Muito mais do que o gol anotado na Arena da Baixada, o jogador comemorou a vitória diante do time candango. “Mais que a satisfação do gol, foi bom ter vencido a partida. Conseguimos o primeiro objetivo, que é abrir vantagem”, concluiu.
Time tem três baixas
Se não bastasse o momento ruim que vive no Brasileiro, com cinco partidas sem vitórias, o Atlético terá muitos problemas para o duelo contra a Ponte Preta, domingo, às 11h, na Arena da Baixada. O Furacão não contará com três peças importantes do seu ataque.
Além do meia Nikão e do atacante Walter, lesionados e com a perspectiva de voltarem aos treinos somente na semana que vem, o técnico Milton Mendes não poderá utilizar o armador colombiano Daniel Hernández. Ele tomou o terceiro cartão amarelo no clássico contra o Coritiba, no Couto Pereira.
Do setor ofensivo titular geralmente escalado pelo técnico Milton Mendes, somente Marcos Guilherme estará em campo diante da Ponte Preta. Os atacantes Ewandro e Crysan, que foram titulares diante do Brasília devem permanecer no time titular atleticano. Para o setor de criação, o meia Bruno Mota, que entrou no decorrer do duelo contra o Brasília depois de algum tempo fora da equipe, é a principal opção que o comandante rubro-negro para enfrentar a Macaca. O mei,a Giovanni e até mesmo Ytalo são outras opções que o treinador tem para o setor ofensivo.
Convocado
Apesar das atuações irregulares até agora com a camisa do Atlético, o zagueiro Christián Vilches, depois de três anos, voltará a defender a seleção do Chile. O técnico Jorge Sampaoli chamou o defensor para os dois compromissos pelas Eliminatórias da Copa de 2018 contra Brasil e Peru, em outubro. “Vou dar o meu melhor, como sempre fiz em toda a minha carreira. Estou muito contente e espero ajudar à altura”, disse o jogador, em entrevista ao site oficial.
Um dos duelos que Vilches terá pela frente, no mês que vem, será diante da Seleção Brasileira.
Devendo
Venceu, mas não convenceu. Foi assim a toada do Atlético na vitória por 1×0 sobre o Brasília, pelo duelo de ida das oitavas da Sul-Americana. O Furacão teve muitas dificuldades diante do time candango que, atualmente, não está em nenhuma das quatro divisões do futebol brasileiro. São problemas que o técnico Milton Mendes terá que resolver.
