Atrasado?

Atlético corre contra o tempo pra montar o elenco pra pré-temporada

Elenco do Atlético sofreu perdas e ainda não teve peças de reposição para 2018. Foto: Albari Rosa

Daqui cerca de vinte dias, o elenco do Atlético se reapresenta para a temporada de 2018, e diferentemente do ano passado, o clube ainda não tem um elenco formado para iniciar a pré-temporada. A promessa da diretoria é de que em 2018 os investimentos no futebol serão maiores do que em 2017, mas, até aqui surgiram apenas uma lista de seis jogadores dispensados (Eduardo Henrique, Fabrício, Lucho González, Lucas Fernandes e Eduardo da Silva), enquanto somente o atacante Bergson foi apresentado oficialmente. Além dele, o lateral-esquerdo Thiago Carleto foi contratado, mas ainda aguarda o término do contrato com o Coritiba para assinar.

Ainda com técnico e boa parte do elenco indefinidos, o Furacão corre contra o tempo para reestruturar o departamento de futebol para 2018. Uma das justificativas para a demora é a supervalorização de jogadores. “Qualquer cabeça de bagre, hoje, quer ganhar R$ 100 mil. Meninos da base querem ganhar R$ 20, 30 mil por mês. Ficou um absurdo, uma situação insustentável com alguns clubes com condições disso nivelam o mercado por cima. Temos aí o caso do Flamengo e do Palmeiras, supervalorizando o mercado, contratando jovens promessas a qualquer preço e jogadores considerados de alto nível a valores absurdos”, disparou, em entrevista à Rádio Transamérica, Mario Celso Petraglia, que atualmente acumula as funções de presidente do Conselho Deliberativo e diretor de futebol.

Para se ter ideia do investimento do Rubro-Negro para 2018, para contratar Bergson o clube enfrentou e ganhou a concorrência de times como Botafogo e Vasco, que está na Libertadores, enquanto Carleto ganhará R$ 100 mil a mais por mês do que recebia no Coxa.

Erros em 2017

O dirigente ressaltou que o atual ano foi de maior investimento no futebol e garante que o dinheiro para esse setor aumentará gradativamente. “Este ano foi o que mais investimos em futebol, porque está nos sobrando um pouco mais de caixa para que possamos investir. Em 2018 será um pouco melhor e assim pra frente. Em 2019, será ainda melhor porque estamos em melhoria substancial dos recursos de televisão”, completou ele.

Com iisso, a ideia é construir um elenco mais forte e que apague as falhas do ano passado, que também era visto como um período de forte investimento. A expectativa para 2017 era de um ano melhor, ou pelo menos igual, ao de 2016, onde o Atlético foi campeão paranaense depois de nove anos, teve o melhor desempenho como mandante e a melhor defesa, ao lado do campeão Palmeiras, no Brasileirão, e conquistou uma vaga na Libertadores de 2017. Prova disso foi a vinda do meia Felipe Gedoz, a segunda contratação mais cara da história do clube. O Rubro-Negro pagou 1,2 milhão de euros (quase R$5 milhões) no atleta. O valor mais próximo foi pago em 2011, R$ 7 milhões por Morro Garcia.

No entanto, com apenas o 11º lugar no Campeonato Brasileiro e a vaga na Sul-Americana de 2018, o torcedor atleticano termina o ano frustrado e a diretoria reconhece que o planejamento não deu certo.

“Infelizmente, esse ano não fomos bem como nós gostaríamos. A nossa intenção era ficar entre os primeiros, para nos mantermos na Libertadores, pelo menos, era nosso planejamento e que não conseguimos”, reconheceu, Petraglia

Se nessa temporada o Atlético decepcionou e ficou fora do top-10 pela primeira vez desde que voltou à elite do Brasileirão, em 2013, a movimentação do clube no mercado mostra que 2018 tem tudo para ser diferente.

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