Perder para o Palmeiras no Allianz Parque não é nada anormal. Mas a derrota desta quarta-feira (5) do Atlético por 2×0, com um segundo tempo muito fraco, brecou a ascensão rubro-negra no Campeonato Brasileiro. Foi o fim de uma invencibilidade de sete partidas no Brasileirão, que tirou o Furacão da vice-lanterna e o colocou na “página 1” da classificação. Sem contar que prossegue o incômodo jejum de vitórias fora de casa no Brasileirão. Agora, em décimo primeiro lugar, o time ainda corre risco de perder mais posições até o fim da 22ª rodada.
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O esperado reencontro com Weverton não aconteceu. O goleiro, hoje titular palmeirense, não foi sequer para o banco por conta de dores musculares, com a assessoria de imprensa do clube apenas informando que ele foi “poupado”. Fernando Prass estava em campo para encarar o Atlético sem Raphael Veiga. E Tiago Nunes fez uma “dança das cadeiras” para arrumar o meio-campo, dando mais liberdade a Nikão e Marcinho e escalando Bruno Nazário.
E se nas últimas rodadas o Atlético partia pra cima de adversários que se protegiam na defesa, dessa vez o jogo seria diferente. O Palmeiras marcava forte, dificultava a saída de jogo rubro-negra e saía para o ataque. Seria preciso defender bem mais que nos jogos passados. Mas, se precisava ter cuidados, o Furacão não temia os donos da casa. Também se movimentava ofensivamente, preocupava o alviverde paulista.
Os visitantes tinham inclusive o predomínio tático no início da partida. Só que nem os atleticanos nem os palmeirenses criaram até a metade do primeiro tempo – o jogo movimentado estava carente de oportunidades de perigo. Foi só aos 22 minutos que saiu o primeiro arremate, de Bruno Nazário. E logo depois a troca de passes chegou a Nikão, que enfim levou perigo ao gol paulista.
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Era a mostra da superioridade rubro-negra. Mas não se podia desprezar o Palmeiras – muito pelo contrário. Tanto que depois do susto, os alviverdes passaram a dominar o jogo, empurrando o Atlético para o campo de defesa. E começaram a acumular chances de perigo. Aí o Furacão mostrou tranquilidade para conter a pressão, apesar de erros desnecessários na saída de jogo com Léo Pereira e principalmente Santos.
E se dentro de campo estava tudo relativamente calmo, à beira do gramado o bicho pegava. Luiz Felipe Scolari e Tiago Nunes reclamavam muito da arbitragem, e na saída da etapa inicial o técnico rubro-negro quase saiu no tapa com Omar Feitosa, o paranaense preparador físico do time paulista. Quinze minutos depois – o tempo do intervalo -, os dois fizeram as pazes. E com Bruno Henrique no lugar de Thiago Santos, o Palmeiras recomeçou a partida melhor.
Na lesão de Bruno Nazário (torção de joelho, que preocupa), o Furacão mudou o jeito de jogar com a entrada de Guilherme. Era importante ter alguém para segurar a bola no campo de ataque. Mas o momento era dos donos da casa. A ponto do treinador rubro-negro tirar Renan Lodi, que já tinha cartão amarelo, para a entrada de Márcio Azevedo. E depois da pressão, o gol alviverde saiu. Numa falha de marcação, Deyverson lançou Willian entre os dois zagueiros. O Bigode, ex-jogador do Atlético, teve extrema calma para tirar de Santos e abrir o placar.
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Para buscar o empate, o Furacão teve Rony como última cartada, entrando no lugar de Jonathan. Mas quem se virava para defender era Santos. O Palmeiras sobrava em campo. E foi assim até o final. No último lance, Willian ganhou em velocidade e foi derrubado por Santos. Moisés cobrou e deu números finais à partida. Foi o pior segundo tempo da “era Tiago Nunes”. E o castigo veio diante do melhor elenco do futebol brasileiro.