O vencedor do clássico Atletiba de domingo, às 16h, o primeiro na reformulada Baixada, será definido somente após o apito final do árbitro Dewson Freitas da Silva. Caso o duelo fosse fora de campo, entretanto, a equipe triunfante já estaria definida.
Desde 2011, a diferença econômica entre Furacão e Coxa é cada vez mais acentuada para o lado rubro-negro. Em 2014, por exemplo, o Atlético registrou salto de 51% na receita total, em comparação ao exercício do ano anterior. De R$ 102 milhões arrecadados em 2013, alcançou a marca de R$ 154 milhões, em 2014, receita recorde. Em contrapartida, no mesmo período, o Coritiba registrou queda de 10% no mesmo quesito. Em 2013, angariou R$96 milhões. No ano seguinte, apenas R$ 87 milhões.
A disparidade numérica entre os rivais da capital fica explícita na comparação com clubes do restante do país. Em 2014, o Atlético foi o terceiro time com maior crescimento de receita, ficando atrás apenas de Flamengo, o líder, e Palmeiras, segundo colocado do páreo financeiro. O Coxa, por sua vez, permaneceu na humilde 13ª posição do ranking.
Além de arrecadar menos, o time do Alto da Glória gasta mais com o futebol, em comparação ao Atlético. Do total de R$ 87 milhões das receitas de 2014, nada menos do que 84% do montante (R$ 73,2 milhões) foram destinados pelo Coxa para o time profissional. Já o Furacão, com R$154 milhões de receita, despendeu apenas 45% (R$ 70 milhões) no departamento futebolístico.
Tomando como base a variação das receitas totais de ambos os clubes entre 2011 e 2014, o placar financeiro a favor do Furacão assume contornos de goleada monetária. As receitas atleticanas tiveram aumento de 136% neste período de tempo, contra uma marca de 31% registrada pelo Coritiba.
Evidente
Apesar do péssimo início de ano, o Atlético gastou menos em contratações do que o rival. Além disso, vendeu atletas como Douglas Coutinho, que rendeu R$ 14 milhões por 70% dos direitos econômicos. Enquanto isso, o Coritiba passou por uma ampla reformulação em que desfez parte do departamento de futebol e tampouco obteve lucro considerável com venda de jogadores. O único quesito em que o Coxa supera o rival é na dívida total. O Atlético deve R$ 233 milhões, enquanto o Coritiba deve R$ 214 milhões.