Um dos desafios que o técnico Tiago Nunes terá pela frente com a equipe principal do Atlético é fazer com que o ataque funcione com mais eficiência. Para isso, o treinador poderá se basear no desempenho do time de aspirantes que esteve sob seu comando e conquistou o Campeonato Paranaense. Em 16 jogos no Estadual, foram 26 gols marcados, uma média de 1,62 por partida. Já o time que estava aos cuidados de Fernando Diniz, em 12 rodadas pelo Campeonato Brasileiro, marcou apenas 10 vezes. A média de 0,83 gol por jogo poderia ser pior, não fosse a goleada de 5×1, aplicada em cima da Chapecoense, na estreia da competição.
Mesmo que o elenco tenha peças diferentes daquelas que o comandante estava habituado a trabalhar, a maneira como Nunes deve organizar o time que deverá fazer a diferença para que o Furacão balance as redes adversárias com mais frequência.
O 4-2-3-1, que o ‘velho-novo‘ treinador deve implantar, poderá aumentar o número de criações de jogadas a gol e, dependendo do entrosamento do time, qualificar as finalizações. Com o 3-4-3 de Diniz, o time abusava das trocas de passe, mas não tinha objetividade.
O esquema tático não interfere diretamente na postura do time em campo, mas faz com que a equipe trabalhe de forma diferente e favoreça alguns comportamentos nos momentos do jogo. E é nessa mudança que Nunes deve apostar para que o Atlético volte diferente da intertemporada para fugir da incômoda situação em que se encontra, já que é o atual vice-lanterna do Brasileirão, com apenas nove pontos somados.
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Para, de certa forma, reproduzir o que deu certo no Estadual, o técnico pode contar com velhos conhecidos, já que são dez jogadores da equipe de aspirantes que foram promovidos. Porém, destes, somente dois estavam sendo aproveitados como titulares: o goleiro Santos e o volante Bruno Guimarães.
Outros três tiveram oportunidade de entrar em algum momento na equipe e alternaram entre a reserva e a presença em campo: o atacante Marcinho, o lateral-esquerdo Renan Lodi e o meia Matheus Anjos. Já os demais que subiram de categoria, ficaram apenas no banco: o goleiro Caio, o lateral-direito Diego Ferreira, o zagueiro Léo Pereira, o lateral-esquerdo Nicolas e o atacante Yago.
Entre promovidos do time de aspirantes e ‘medalhões‘ do principal, Tiago Nunes tem nove opções para aumentar o poder de fogo do ataque atleticano: Matheus Anjos, Guilherme, Nikão, Marcinho, Bill, Pablo e Bergson. Além do recém-contratado Bruno Nazário e o repatriado Marcelo Cirino. Outro nome que pode pintar é Crysan, que está em avaliação pelo departamento médico do clube.
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Com Fernando Diniz, os atacantes que mais atuaram foram Nikão, Guilherme e Pablo, mas nas últimas partidas Marcinho e Bergson ganharam oportunidades, embora o primeiro tenha jogado improvisado como ala pela direita.
Com todas as opções em mãos, o comandante do Rubro-Negro precisará encaixar o time de acordo com as qualidades de cada atleta. Guilherme e Matheus Anjos jogam mais centralizados no meio-campo. Pela direita, atuam Marcelo Cirino, Marcinho e Bruno Nazário. As opções pela esquerda são Bill e Nikão, enquanto os centroavantes são Bergson, Pablo e Crysan.
Assim que redesenhar o Atlético, Tiago Nunes poderá, finalmente, mostrar o poder de fogo da equipe.