Marcos Guilherme é a novidade. Foto Felipe Rosa.

Três dias se passaram, mas parece que foi um ano. Após perder para o Londrina, Atlético viveu seus momentos mais turbulentos nos últimos anos, com eliminação no Paranaense, crise técnica, participação no Torneio da Morte, sócios em debandada e pedido de desculpas público por parte da diretoria. Sob essa forte pressão, o Furacão estreia hoje na Copa do Brasil contra o Remo, às 21h50, no Mangueirão, em Belém.

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Por mais que a situação fosse ruim, a sensação era que não se esperava o “acontecimento” do domingo. A ida para o Torneio da Morte – obrigando o time a jogar seis partidas para escapar do vexatório rebaixamento para a segunda divisão estadual – levou a torcida à irritação completa. Por mais que o Atlético tenha seu estádio de Copa do Mundo com teto retrátil (a ser apresentado oficialmente hoje), a paciência acabou. Ainda mais se for lembrado que o presidente Mário Celso Petraglia disse, no final do ano passado, que 2015 seria o ano do futebol rubro-negro.

Por enquanto não foi. E para ainda ser, é obrigação fazer uma campanha de qualidade no Campeonato Brasileiro, passar de passagem pelo “morre-morre” do Paranaense e começar a Copa do Brasil resolvendo a parada em Belém – pois o Remo, que também está em crise, escancarou o interesse maior no campeonato paraense, para tentar se garantir na Série D. “É fundamental fazermos um bom jogo e ter consciência de levar um grande resultado para Curitiba”, resume o técnico Enderson Moreira.

Sabedor de que uma transformação radical no time é mais passível de piorá-lo do que melhorá-lo, o treinador atleticano deve manter a mesma base da vitória sobre o Nacional e da derrota para o Londrina. “É importante ter uma consistência defensiva e uma transição rápida, aproveitando bem as oportunidades”, diz Enderson. De boa notícia, a volta de Marcos Guilherme, que estava com a seleção olímpica. “É muito importante. É um jogador de seleção, jovem e com grande qualidade. Um perfil muito interessante de agressividade e intensidade. O retorno dele vai agregar muito a nossa equipe”, afirma.

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Fica apenas a dúvida para a definição do substituto de Cléo – que, com dores nas costas, sequer viajou para Belém. Caíque é o favorito para começar jogando, pois vem treinando bem e é o jogador com características mais semelhantes ao do centroavante titular. Correndo por fora está Dellatorre, caso Enderson Moreira aposte em um atacante mais experiente.

Seja quem for, a obrigação atleticana em vencer e se classificar é tão grande que fica evidenciada até no discurso cauteloso dos jogadores. “Não estamos em uma situação confortável, mas somente com trabalho evoluiremos. Temos que focar neste desafio importante contra o Remo. Com certeza, vamos entrar ligados para conseguir um bom resultado”, resume Marcos Guilherme.

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