Mais uma vez o Atlético passou por uma situação um tanto quanto embaraçosa quando o assunto é Arena da Baixada e pagamentos. O estádio ficou 26 horas sem luz após a Companhia Paranaense de Energia (Copel) cortar o fornecimento de energia elétrica pelo não pagamento de contas por três meses consecutivos. O valor total não foi revelado, mas no final da tarde de ontem, após um acordo para o pagamento da dívida, a luz voltou à Arena.

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O Atlético não se pronunciou sobre o assunto. A Copel emitiu uma nota confirmando o corte posteriormente o reestabelecimento dizendo que negociava com o clube o pagamento dos atrasados para religar a luz em seguida.
Só que o problema com a Copel é apenas mais um entre tantos outros que o clube vem enfrentando desde que o Joaquim Américo virou sede da Copa do Mundo e quase passou despercebido. O maior deles atualmente é o que coloca o Furacão na parede na disputa com a Fomento Paraná, avalista de empréstimos tomados pelo clube junto ao BNDES. A ação movida pela 4ª Vara da Fazenda Pública e pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico do Paraná põe em risco o patrimônio rubro-negro.

O clube não honrou com o pagamento de parcelas de empréstimos contraídos em 2012 e como indicou a própria Arena da Baixada, o CT do Caju, rendas das partidas e potencial construtivo como garantia das dívidas, pode ver seus bens tomados pela Justiça, desde que não pague o total financiado de aproximadamente R$ 225 milhões. O clube garante que mesmo após 22 dias do conhecimento da ação, ainda não foi notificado sobre a cobrança judicial. Portanto, não se manifesta sobre o assunto.

Litígio duplo com a prefeitura

O Atlético também está em litígio com a prefeitura de Curitiba em duas situações. A primeira diz respeito ao pagamento de desapropriações realizadas no entorno da Arena. O clube afirma que já cumpriu com sua parte, ou seja, pagou R$ 7,2 milhões (um terço dos pouco mais de R$ 21 milhões empenhados na operação) e se nega a pagar mais. A prefeitura contesta e foi à Justiça exigindo que o clube pague o total da conta.

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A segunda situação diz respeito à cessão de pouco mais de 8 mil metros quadrados da Arena para a instalação no local da nova sede da secretaria de esportes do município. O clube quer ceder o espaço no CT do Caju, local de suas instalações administrativas. A prefeitura afirma que o prometido foi um local no estádio.
O clube tem tentado renegociar algumas dívidas em atraso com fornecedores, a exemplo do que fez com a pendência que tinha com o Exército. Na ocasião da desapropriação de um imóvel próximo à Arena, o Rubro-Negro se comprometeu a construir dois prédios na Vila dos Sargentos, no bairro Bacacheri. Como não cumpriu com o combinado, o Furacão teve que se apressar para formalizar um acordo e evitar novas sanções ou multas.

Segundo o advogado Luiz Pereira, o caso foi encerrado com o parcelamento da dívida junto ao banco que detinha a carta fiança que garantia o acordo. Novas tentativas de renegociação de pendências estão em andamento.

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O Furacão de Francisco! Leia mais do Atlético na coluna do Mafuz!