Três pontos na conta

Apesar da má atuação, vitória tira pressão no Atlético

O que valem são os três pontos. Esse foi o discurso dos jogadores e do técnico Paulo Autuori após a vitória do Atlético por 1×0 sobre o América-MG, sábado, na Arena da Baixada. E talvez tenha sido também a sensação da torcida, que viu um Furacão com uma atuação muito abaixo da esperada, ainda mais diante do lanterna do Campeonato Brasileiro, mas que se recuperou da derrota para o rival Coritiba, na quarta-feira passada.

Mais do que isso, se o desempenho em campo não foi dos melhores, ao menos o time continua próximo do G4 do Campeonato Brasileiro. Foi o grande alento após os 90 minutos, que desde o primeiro já mostrava que o jogo seria, não tenso, uma vez que o Coelho poucas vezes assustou, mas arrastado e sem muita emoção, principalmente no primeiro tempo, quando os dois goleiros pouco trabalharam e os erros de passes e de finalização é o que mais chamavam a atenção.

No segundo tempo parecia que a situação seria outra. O Furacão até conseguiu furar a retranca dos mineiros, mas só chegou ao gol de fato mesmo graças a uma colaboração do goleiro João Ricardo. Aos sete minutos, após cobrança de escanteio, a zaga do América afastou a bola, mas Nikçao, na entrada da área, pegou a sobra de primeira. O chute não foi dos mais fortes, mas o camisa 1 americano não segurou.

O gol poderia animar o Rubro-Negro, que certamente teria mais espaços para atacar. Só que a vantagem no placar não mudou em nada o panorama da partida. Mesmo assim, o Atlético seguia errando passes e lançamentos. Quando Walter entrou, a bola chegou mais próxima da área do adversário, mas novamente sem dar trabalho ao goleiro.

Em uma semana, entre as vitórias sobre o Grêmio e o América, o Furacão passou de uma ótima atuação para uma muito abaixo da média neste Brasileirão. Para o técnico Paulo Autuori, era possível um desempenho melhor, mas que o desgaste muscular e o cansaço (entre as duas vitórias teve a derrota por 1×0 para o Coritiba) foram fundamentais para a atuação de uma maneira geral.

“Essa sensação sempre existe, mesmo nos melhores momentos. Sempre esperamos fazer mais, mas temos que separar de quando não foi feito por falta de qualidade, ou por não poder. O Nikão, da maneira que foi, ele teve duas oportunidades, mas não podia bater por conta das dores. Prefiro enaltecer a vontade dos jogadores e a vitória”, resumiu o comandante atleticano.

Leia mais sobre o futebol paranaense na coluna do Mafuz!