No maior processo eleitoral da história do Atlético, a chapa da situação, CAPGigante, liderada por Mário Celso Petraglia e Luiz Sallim Emed, venceu a disputa contra a chapa da oposição, Atlético de Novo, liderada pelo advogado Henrique Gaede e pelo empresário João Alfredo Costa Filho, com 52% dos votos 2909 votos a 2660, uma diferença de apenas 249 votos. Dos 9.500 associados do Furacão aptos a votar, compareceram 5.669, ou seja, pouco mais de 40% dos sócios não votaram.
A vitória apertada da CAPGigante mantém o agora presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, por pelo menos mais quatro anos no poder do clube. Já são 20 anos de serviços prestados ao Furacão e, a pouca diferença apresentada nas urnas, menor que de 2011 quando venceu com 67% dos votos, prova, de fato, que o torcedor atleticano quer mudanças para os próximos anos. “Pequena (diferença na votação), mas isso demonstra a disputa que foi salutar, bonita. O que ganhou é o Atlético-PR. Agora eu serei o presidente de todos os atleticanos, vocês podem confiar. Aquilo que nós falamos, de ser aqui o centro de entretenimento, de relacionamento e convivência da família atleticana vai acontecer”, apontou o presidente eleito do Conselho Administrativo, Luiz Sallim Emed.
Objetivos
Com a vitória da chapa da situação, o objetivo é dar continuidade no trabalho feito nos últimos anos, quando o Furacão conseguiu dar um salto patrimonial para R$ 1 bilhão, além de cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral nos últimos meses. Enquanto Petraglia, na teoria, ficará mais resguardado nos bastidores, cuidando dos interesses do Furacão no âmbito nacional, Emed terá algumas missões pela frente. Dentre elas, além de formar um time mais competitivo e de fazer do Furacão novamente campeão, melhorar o relacionamento com os sócios, torcedores e a imprensa.
Para potencializar as finanças, Emed tentará fazer o que faltou ao clube nos últimos meses: transformar a Arena da Baixada em um grande centro de entretenimento, gastronômico e de relacionamento com a torcida atleticana. O novo presidente do Furacão afirmou que, apesar das desavenças durante a campanha, este é o momento de união entre as chapas da situação e da oposição.
“Vamos compensar esse voto de confiança. O Atlético vai ser ainda maior. Já convido a oposição a estar ao nosso lado. Todo mundo é Atlético, não pode ter rancor. O que nós precisamos é paz, é trabalho, é vitória. Isso, podem ter certeza, nós vamos conseguir”, frisou Emed.
“Agora o momento é de a gente juntar. É um clube único, que mostrou a grandeza. Convido a todos para participar conosco”, concluiu Emed.
Oposição vai seguir fortalecida
O advogado Henrique Gaede, líder da chapa Atlético de Novo, da oposição, não escondeu seu desapontamento com o revés sofrido nas urnas. Apesar de lamentar e bastante abalado após saber o resultado, o advogado, amparado por seus familiares, afirmou que, apesar da derrota, as eleições deste ano foram históricas.
“É um dia histórico para o clube. Quero pedir desculpas para a grande nação rubro-negra. Faltou pouco, mas são coisas que acontecem na política. Vamos em frente. Esse grupo do Atlético de Novo não morre aqui. Está só começando”, disse Gaede, em poucas palavras, na saída da Arena da Baixada.
Henrique Gaede lamentou a atitude da atual diretoria atleticana que, para favorecer a chapa CAPGigante, não, passou a lista de contatos dos sócios de forma antecipada. O grupo oposicionista precisou entrar na Justiça para conseguir e isso aconteceu apenas na quinta, ou seja, dois dias antes do pleito.
O advogado pontuou que, se tivesse acesso a listagem de forma antecipada, o resultado nas urnas poderia ter sido diferente. “Se tivéssemos conseguido acesso à lista de sócios com antecedência, poderia ter sido diferente. Fica para nós aquela sensação de que poderíamos ter trabalhado um pouquinho mais”, concluiu.