Um jogo ainda é muito pouco para analisar este ‘novo’ Atlético. A goleada por 4×0 sobre o PSTC foi construída muito também graças à ajuda que a zaga adversária deu, permitindo espaços, erros de marcação e até gol contra. Mas claro que não podemos tirar o mérito do Furacão, que quando abriu o placar pareceu tirar um peso das costas e passou a jogar melhor. Aliás, a tal atitude, tão elogiada depois da partida, foi vista claramente.
Essa mudança tem dedo de Paulo Autuori? Com certeza. Com pouco tempo para trabalhar com os jogadores, essa vontade em campo deve ter sido o principal assunto da conversa que o treinador teve com o elenco. Já a parte tática é impossível fazer mudanças radicais em tão pouco tempo. Tanto que ao longo do jogo muitas vezes ele conversava com o auxiliar, ou segundo técnico, como Autuori pediu, Bruno Pivetti, para corrigir algumas coisas.
Mas o começo é promissor. Principalmente pelo fato de os atletas terem elogiado o trabalho do novo comandante. Um time que buscou o gol o tempo todo, inclusive quando a goleada já estava construída, e não relaxou na marcação. Certamente o brio do grupo foi mexido, e isso aliado à tática pode dar um resultado muito bom, o esperado deste Atlético no começo do ano. Mas, isso pode demorar mais um pouco.
A partir desta semana, o Rubro-Negro entra em uma maratona de jogos, seja pelo Campeonato Paranaense, pela Copa do Brasil ou pela Primeira Liga. Pouco tempo para treinar. Mas se em dois dias Autuori já fez a torcida ver um Furacão mais disposto em campo, o que ele pode fazer com mais dias?
A goleada em cima do PSTC é um começo muito animador, mas é preciso ter calma e dar tempo, aquele mesmo tempo que Autuori sabe que não terá, para saber o futuro desse ‘novo’ Atlético.
