Pressão

Análise: Atlético tem que colocar favoritismo em campo e repetir atuação contra o Flamengo

Contra o Flamengo, Atlético criou boas chances. Diante do Santa Cruz, posse de bola deve ser ainda maior. Foto: Marcelo Andrade

Vencer ou vencer. Este é o lema do Atlético contra o Santa Cruz, nesta quarta-feira (31), na Arena da Baixada. Para se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil, o Furacão não pode pensar em outro resultado que não seja ganhar no tempo normal. Se manter com o 0x0 e confiar em Weverton nas penalidades é um risco muito grande para um time que não atravessa o melhor momento na temporada. E para balançar as redes, o Rubro-Negro terá que se arriscar e ir para cima.

É difícil acreditar que o Santa Cruz virá com uma postura ofensiva para a Baixada. Embora não tenha muito o que perder nesta partida, a Cobra Coral joga por uma bola. E para eles, sim, vale o risco de levar o jogo para os pênaltis. Então certamente virão fechados e apostarão no contra-ataque. As melhores atuações do Atlético no ano foram justamente quando era sufocado e tinha espaços para contra-atacar. Desta vez, terá que dominar o jogo.

Pensar nisso quando o jogo é na Arena parece até natural. Porém, será preciso ter tranquilidade. Contra o Flamengo, no domingo (28), o Rubro-Negro já mostrou um pequeno sinal de evolução. Foi mais ofensivo e criou boas chances. Se pensarmos que o Santa Cruz é mais fraco que o Flamengo, já é um bom caminho. Até por isso, Matheus Rossetto, que já jogou mais adiantado no final de semana, deve ter mais liberdade no meio-campo, assim como Lucho González, que terá menos responsabilidade para marcar.

Com os dois meias centralizados responsáveis pela criação, Nikão e Pablo serão as armas para achar espaços pelos lados do campo, certamente congestionados com os laterais fechados. E aí entra em cena o tão questionado Grafite. Experiente, o atacante será muito marcado pelos adversários. Diante do Flamengo, saiu mais da área, buscou a bola e com ela se acertou, seja criando chances ou deixando os marcadores para trás. Novamente ele não poderá ser um centroavante, mas sim um pivô.

Com mais peças próximas, uma hora alguém sairá livre e aí não pode desperdiçar a chance que aparecer, pois serão poucas. A não ser que o primeiro gol saia rápido, obrigando o Santa a atacar e aí fazendo o jogo atleticano. Do contrário, qualquer perda de bola pode criar um contra-ataque do adversário que irá testar a tão bagunçada defesa do Furacão este ano.

De qualquer forma, o Atlético, independentemente da fase, é o favorito da partida. Seja por jogar em casa, por estar na Série A ou simplesmente por ter um elenco melhor. E esse favoritismo tem que ser colocado em prática.