A notícia assustou os torcedores do Atlético. E partiu do advogado do clube, Luiz Fernando Pereira. Segundo ele, a discussão sobre os valores a serem pagos por clube, prefeitura de Curitiba e governo do Paraná pela obra de remodelação da Arena da Baixada está chegando a um momento-chave na Justiça. E Pereira resume de uma forma clara – ou a Fomento Paraná vai falir, ou a Arena vai a leilão.
- Em campo 1: Atlético pode ter oito desfalques na finalíssima de domingo
- Em campo 2: Paulo Autuori não joga a toalha e diz que vai buscar a vitória
- Em campo 3: Desafio do treinador é recuperar o time emocionalmente
O caso está desde dezembro de 2015 na 4ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba. Naquela época, o Atlético parou de pagar as parcelas referentes ao empréstimo feito para as obras da Baixada, por não reconhecer o valor a ser dividido pelas três partes envolvidas na adequação do estádio Joaquim Américo para a Copa do Mundo de 2014. A diretoria do Furacão quer que Município e Estado repartam todo o custo da obra, de R$ 354 milhões. Já a Fomento alega que o acordo tripartite é sobre o valor do orçamento inicial, de R$ 184 milhões.
“O Atlético quer pagar a Fomento. Mas a Fomento está cobrando do Atlético a parte que cabe ao estado e à prefeitura também”, diz Luiz Fernando Pereira. “A Fomento quer que se pague o financiamento integral, independentemente de estado e prefeitura cumprirem suas partes”, completa o advogado do Atlético. Assim, o pedido da agência estadual é de que o Furacão pague R$ 226 milhões – o contrato diz que, ao atraso de uma parcela, o valor total seria cobrado imediatamente.
Como o clube contesta o valor, o caso foi parar na Justiça, e está com o juiz Guilherme de Paula Rezende. O advogado rubro-negro vê um panorama dramático neste momento. “Se o juiz reconhecer os argumentos da Fomento, o estádio do Atlético vai a leilão. Se reconhecer os do Atlético, o clube não paga nada enquanto prefeitura e estado não cumprirem com o tripartite. E isso pode acontecer a qualquer momento”, garante Luiz Fernando Pereira.
Procurada, a assessoria de imprensa da Fomento afirma que a autarquia aguarda a decisão da Justiça e não se manifestará, mas esclarece que “não há a menor possibilidade de a Fomento Paraná falir em razão deste crédito”.
Na coluna desta sexta-feira (5), Augusto Mafuz informa que o ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, deverá ser o próximo presidente da Fomento Paraná.