Quando a nova diretoria do Atlético, encabeçada por Luiz Sallim Emed e Mario Celso Petraglia venceu as eleições presidenciais, em dezembro de 2015, a principal promessa da diretoria era que 2016 seria o ano do futebol. Cumprindo a palavra, o Atlético voltou a ganhar um título após sete anos, ao levantar a taça do Campeonato Paranaense, foi vice-campeão da Primeira Liga, e terminou o Campeonato Brasileiro com o sexto lugar, garantindo uma vaga na Libertadores.
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Porém, para continuar com a evolução, até para cumprir a promessa de Petraglia no passado, de que o Furacão seria campeão mundial até 2021 – depois adiando para 2024 – será necessário vencer mais campeonatos. Até porque, uma ‘queda’ de rendimento em 2017 pode afastar novamente os torcedores.
Por isso, a diretoria continua investindo para o ano que vem, acertando algumas contratações como o atacante Grafite, desejado por vários times do Brasil. A expectativa é de um time mais encorpado e experiente para sair do âmbito estadual e voltar a brigar por taças de forma nacional.
Além disso, os bons resultados, culminando com disputa por títulos, pode amenizar a briga entre torcedores e diretoria. Ao longo do ano passado, mesmo com os bons resultados, com o Rubro-Negro sempre próximo da zona de classificação para a Libertadores, a troca de farpas – e até de notas oficiais – foi algo constante. De um lado, o clube reclamando da Arena da Baixada vazia e cobrando mais sócios, além de proibir materiais das torcidas organizadas. Do outro, torcedores revoltados com a postura dos dirigentes, querendo ingressos mais baratos e a liberação das facções. De certa forma, a paz só foi ‘selada’ na última rodada, no jogo decisivo contra o Flamengo, quando 35 mil pessoas bateram o recorde da nova Arena e viram o Atlético se garantir no principal torneio continental.
A Libertadores pode até ser a cereja do bolo da temporada. À medida que o time for avançando, além de ganhar a confiança da torcida, também ganhará dinheiro. Se chegar à fase de grupos, por exemplo, o clube irá faturar quase R$ 5 milhões, sem contar a bilheteria, e poderá investir ainda mais no futebol. Ou seja, um ciclo vicioso e que vai dando condições à diretoria de cumprir as promessas.