Atlético volta suas baterias para a Copa do Brasil

Tirado o peso das costas de ter quebrado o recorde de vitórias consecutivas no Paranaense e com o primeiro lugar assegurado na fase classificatória, o Atlético pensa exclusivamente na Copa do Brasil. Tanto é verdade que o próximo jogo válido pelo Estadual, diante do J. Malucelli, domingo no Estádio Janguito Malucelli, está sendo encarado como um treino de luxo para dar ritmo de jogo aos atletas que vêm de lesão, como Rhodolfo, Valencia e Marcelo Ramos. A invencibilidade neste caso foi deixada em segundo plano.

Essa tática  é exatamente para dar uma folga aos jogadores que viveram momentos de pressão nos últimos jogos e, principalmente, nos últimos dias por ter que quebrar o recorde de 1949. Isso foi sentido no jogo diante do Cianorte, onde o time não atuou bem e apresentou falhas que quase custaram o triunfo inédito. ?Tínhamos que confirmar a 12.ª vitória e, se não demos show, a equipe jogou o suficiente para vencer. Corremos alguns riscos de sofrer o empate e tropeçar em casa. Mas valeu pelos três pontos e a festa toda que foi feita?, analisou o técnico Ney Franco. Para o capitão Claiton a expectativa criada em torno da quebra da marca do Furacão causou ansiedade no grupo e os clubes adversários também não facilitaram, encarando as partidas como se fossem decisões. ?Todas as partidas ganharam um clima de final, então psicologicamente isso era muito desgastante?, afirmou.

Objetivo

A Copa do Brasil – caminho mais curto para a Libertadores 2009 – é encarada como prioridade neste 1.º semestre pelo clube e, por isso, nada melhor do que usar o confronto pelo estadual para arrumar a casa e deixar o time tinindo para a estréia na competição nacional, contra o Corinthians alagoano – jogo que acontecerá dia 27, em Maceió. ?A prioridade agora é o Corinthians(AL). O objetivo é ganhar e se possível anular a necessidade do 2.º jogo?, afirmou Franco. Nessa 1.ª fase da Copa do Brasil, vencer fora de casa por uma diferença de dois gols elimina o jogo de volta.

Pensando em utilizar força máxima contra o Corinthians, Ney Franco precisa dar ritmo de jogo, principalmente a Valencia e Rhodolfo. O colombiano atuou pela última vez na 7.ª rodada, (30 de janeiro) contra a Portuguesa, em Cambé. Já o zagueiro está fora há dois jogos. ?Espero que Valencia e Rhodolfo ganhem condições de jogo para domingo, porque estão parados e precisam jogar?, disse Franco, complementando que se os atletas estiverem bem entram como titulares contra o Jotinha.

O treinador avaliou que, diante do Cianorte, o time jogou apenas os 20 minutos iniciais e depois ficou abaixo do que pode render. Para domingo tem que melhorar. ?Cabe à comissão técnica se reunir com os atletas para rever o jogo e analisar nossas falhas. E corrigi-las para que não sejamos surpreendidos no futuro por equipes mais técnicas (que o Cianorte)?, finalizou o treinador.

Um desfalque certo para o domingo é o zagueiro Danilo, que recebeu o terceiro cartão amarelo.

Poupado? – Marcelo Ramos é dúvida pra encarar o Jotinha. Ele pode ser poupado para a Copa do Brasil. A disputa por essa vaga fica entre Pedro Oldoni e Rodrigão. Dois jogadores que tentam reencontrar seu futebol.

Bilhetes – Os ingressos para o jogo de domingo começam a ser vendidos na manhã de hoje, nas bilheterias da Arena. São 2.500 ingressos – 500 deles para meia-entrada. O valor é R$ 30. A meia-entrada destina-se a mulheres, menores de 12 anos, estudantes e idosos. Não serão vendidos ingressos no estádio do Jotinha, no dia do jogo.

Currículo – Um dos mais empolgados com a conquista do recorde era o treinador Ney Franco. Ele disse que o feito representa muito em sua carreira pois é uma marca expressiva e que tem repercussão enorme nacionalmente. ?Na hora que eu for montar o meu currículo agora, além dos títulos, vou colocar esse recorde também?.

Encontro de gerações

Num clima de muita emoção aconteceu o encontro de duas gerações de jogadores que fazem parte da história do Atlético. Quarta-feira, a torcida rubro-negra compareceu em grande número para participar da justa homenagem aos dois Furacões – de 1949 e 2008.

Lado a lado na história atleticana e também na Arena, os jogadores das duas épocas entraram em campo vestidos com camisas comemorativas e se perfilaram no centro do gramado.

Os capitães das duas gerações, Nilo Biazetto e Claiton, trocaram flâmulas e, na seqüência, todos os jogadores cantaram o hino rubro-negro, acompanhados do coro do torcedor.

O Furacão de 49 foi representado pelo goleiro Laio e os craques Valdomiro, Moacir Viana, Cordeiro, Nilo, Jackson e Cireno. Sobre a homenagem, Jackson disse que foi uma ocasião fantástica e que mexeu com sua sensibilidade. ?Foi possível reviver o passado, com ex-companheiros e novos companheiros. Torcer para que esse time (atual) consiga ainda muitas vitórias. O Atlético é um só, não existe essa distinção de time de 1949 e 2008?, afirmou.

E complementou: ?O Furacão acendeu o farol que ilumina o time desde 49. Cabe as formações seguintes seguir esse feixe de luz?.

Atlético aciona Jancarlos

Foto: Arquivo

Ala está no Rio de Janeiro e só volta a vestir a camisa  rubro-negra se receber um aumento salarial.

A saída do ala Jancarlos do Atlético parece que vai ser resolvida judicialmente. Ontem, o clube ajuizou uma ação declaratória contra o atleta que foi encaminhada à 4.ª Vara da Justiça de Trabalho de Curitiba. O Atlético solicita que Jancarlos se reapresente para dar continuidade ao seu contrato, que tem validade até 2010. Também reitera que não aceita a rescisão.

No documento, o Furacão alega ainda que o jogador concordou com a cláusula de prorrogação automática do contrato por mais dois anos quando o assinou. Além disso, o ala tinha conhecimento da prorrogação desde maio de 2007. Por isso permaneceu atuando e recebendo seus salários normalmente. Segundo nota do Atlético, publicada no site, ?em maio de 2007, o clube exerceu a opção de renovação e o contrato foi validamente prorrogado e publicado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Espera-se que o atleta cumpra suas obrigações contratuais ou, caso deseje deixar o clube, que pague a correspondente cláusula penal na forma da Lei 9615/98 (Lei Pelé)?.

Caso

Jancarlos chegou no Atlético em 2005 e assinou contrato por três anos, com possibilidade de renovação por mais dois. O vínculo terminou em 14 de fevereiro último e o jogador, orientado por seu empresário Paulo Thebalde, não apareceu mais no CT do Caju para treinar e viajou para o Rio de Janeiro.
O Atlético, que exerceu o direito de renovação automática, entende que o ala feriu o contrato, pois teria que honrá-lo até 2010. O atleta não pensa assim.

O problema, segundo o advogado do ala, Bichara Neto, é que a prorrogação foi unilateral, sem o aval do jogador. Por isso, os defensores de Jancarlos enviaram notificação à FPF e à CBF questionando a oficialização do contrato mesmo sem a assinatura de uma das partes. Os representantes do atleta garantem que ele quer permanecer no Furacão, mas que a renovação do contrato terá que ser discutida, possivelmente com a proposta de aumento salarial.

Torcedores recebem prêmios

Foto: Anderson Tozato
O pequeno Giovani veio com a família pegar sua camisa. Quem também ganhou foi Filipe Bonafina.

Felizes da vida com a conquista histórica do Atlético e com a festa na Arena, os ganhadores da promoção da Tribuna compareceram ontem à tarde no jornal para receber suas camisas do Furacão. O pequeno Giovani, de 3 anos, acolhido no colo do pai Fábio Tortatto; Filipe Bonafina e Andréa Formighieri foram flagrados pelas lentes dos fotógrafos da Tribuna no estádio e faturaram os prêmios.

Os vencedores da promoção sempre acompanham seu time do coração. Tortatto é sócio Furacão; Filipe só não vê o Atlético nos jogos do meio de semana, devido à faculdade. Mas abriu uma exceção para o jogo festivo. ?Valeu a pena perder o dia de aula e agüentar as chateações dos amigos (pela foto estampada no jornal)?, disse o universitário segurando a camisa.

Foto: Anderson Tozato

Andréa disse que a promoção da Tribuna foi espetacular.

Já Andréa adora o clima de festa na Arena e diz que não perde um jogo sequer. No estádio estava acompanhada por mais seis torcedoras que participam de forma entusiasmada das partidas.

?Sou animada mesmo. Todo jogo é uma festa. Gostamos de cantar, gritar e xingar mesmo?, relatou. A camisa conquistada servirá para Andréa provocar um ouco mais o marido, que é coxa-branca.

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