O Atlético busca a recuperação no campeonato brasileiro com um velho aliado. O esquema tático 3-5-2. Contra a Portuguesa (amanhã, em São Paulo), o time voltará a atuar com o mesmo sistema que garantiu o título da competição no ano passado e encantou o Brasil com um futebol de primeira. A iniciativa é uma forma de extrair o melhor dos jogadores, que não conseguiram engrenar no 4-4-2.
Com a chegada de Valdyr Espinosa, a equipe passou a atuar no tradicional sistema com quatro zagueiros. Com isso, os principais prejudicados foram os alas Alessandro e Fabiano e o volante Kléberson. Eles tiveram que se readaptar e apenas Fabiano alcançou uma boa regularidade passando a jogar como lateral-esquerdo. Os outros dois caíram de produção e foram acompanhados pelo restante do time.
A volta para o que deu certo e para um esquema tático familiar, pelo menos, deu uma animada no grupo, que estava de cabeça baixa pelo bombardeio da crítica e da torcida. “É um esquema que o time já está acostumado e que deixa a equipe bem compacta”, analisa o goleiro Flávio. O técnico Gílson Nunes confirma a opinião do goleiro e transforma os alas nas principais armas de sua equipe. “A intenção é passar uma situação de maior confiança para os laterais atuarem com estabilidade”, explica. No entanto, ele não garante que o esquema será mantido para as próximas partidas.
Ontem à tarde, o técnico Gílson Nunes comandou o coletivo apronto para o confronto diante da Lusa e a principal novidade, além de Gustavo, foi a entrada do zagueiro Wellington Paulo. Ele fará a sua estréia na competição e atuará como o líbero do time. Como já era esperado, Douglas Silva retornou ao meio-de-campo e Alan foi sacado. A formação ficará com Flávio; Gustavo, Wellington Paulo e Ígor; Alessandro, Douglas Silva, Kléberson, Adriano e Fabiano; Alex Mineiro e Dagoberto.
Kléberson propõe inovação ao time
O meia Kléberson, do Atlético, aposta no fim da crise que vem afetando o futebol do time já na partida de amanhã, contra a Portuguesa, em São Paulo. Segundo ele, os problemas extra-campo estão sendo resolvidos e o pentacampeão não vê a hora de voltar a jogar a mesma bola que o levou à Copa do Mundo. No entanto, ele conta à Tribuna que o time precisa inovar mais para sair da mesmice.
Paraná-Online
– Esse mal momento pode ser revertido?Kléberson
– O time estava querendo e infelizmente não estava conseguindo fazer os gols que precisava. Então a gente ficava naquela de fazer as jogadas e, às vezes, acabava se atrapalhando. O grupo está tranquilo, temos que estar unidos para trabalhar e somar e fazer uma boa apresentação.Paraná-Online
– Existe mesmo essa tranqüilidade, já que na partida contra a Ponte Preta não demonstrou isso?Kléberson
– Não, a equipe estava bem. Estava criando e, infelizmente, o gol não saiu. E, quando o gol não sai, com certeza fica difícil para a gente. Eles, num contra-ataque, fizeram o gol e piorou para nós. Nós estávamos tentando e só faltou um pouco de sorte para a gente fazer o gol.Paraná-Online
– Por que o Atlético de hoje não tem a mesma característica daquele do ano passado?Kléberson
– Tem a mesma característica. A gente procura fazer dentro de campo, temos a vontade e a determinação, mas os adversários também estão bem preparados para jogar contra a gente. Cabe a gente procurar alguma coisa de novo e que surpreenda também.Paraná-Online
– Como foi a reunião com o presidente Mário Celso Petraglia?Kléberson
– Foi uma reunião amiga. Foi comentado muita coisa por aí e era o que a gente precisava. O presidente conhece todos nós, sabe do potencial de cada um e foi uma conversa importante para que a gente pudesse ficar de cabeça tranqüila e dar a volta por cima.Paraná-Online
– Ele fez alguma cobrança?Kléberson
– Ele não fez cobrança nenhuma. Apenas falou da importância das atuações do ano passado. Mas, cabe à gente também entrar no espírito do ano passado para que a gente possa sair dessa situação.