Foi-se o tempo em que o Atlético utilizava-se do fator Baixada para vencer seus adversários dentro de casa. Ultimamente, o time rubro-negro tem feito péssimas exibições diante de sua torcida, que anda sumindo cada vez mais, e deixa de ganhar pontos importantes na competição. Nesta noite de quarta-feira (25) não foi muito diferente e o rubro negro, além de jogar mal, apenas empatou contra o Cruzeiro por 2 a 2, gols de Gustavo e Pedro Oldoni para os donos da casa, e de Araújo e Nenê para os mineiros.
Apático, deficiente na marcação e no meio e sem uma jogada tática, o Atlético virou refém da equipe celeste logo nos primeiros minutos, para desespero dos torcedores que foram ao campo.
O Cruzeiro sempre teve as melhores chances de abrir o marcador. Maicossuel, aos seis minutos, e Léo Silva, aos nove, chegaram com muito perigo ao gol de Guilherme. A torcida, que já estava apreensiva, quase teve um ataque do coração quando o zagueiro Gustavo recuou mal uma bola para Guilherme, que chegou a tempo de evitar o gol contra.
Porém, para surpresa e festa dos atleticanos, no lance seguinte, aos 21 minutos, o rubro-negro abriu o placar, quando o mesmo Gustavo escorou um cruzamento de cabeça e balançou as redes de Fábio.
A festa, contudo, não durou muito. Aos 23 minutos, Fernandinho bateu uma falta na cabeça de Araújo, que subiu sozinho e cabeceou para empatar a partida. Sentindo o golpe, o time Atlético ficou ainda mais confuso e o Cruzeiro deitava e rolava. A Raposa chegava constantemente ao gol de Guilherme, que precisou se desdobrar em dois para garantir a igualdade no placar. Fábio, por sua vez, era apenas um mero espectador.
Sufoco e empate na bacia das almas
Tentando dar um novo ânimo ao time, o técnico do Atlético, Antonio Lopes, sacou Dinei e colocou Pedro Oldoni. A mudança, porém, não surtiu muito efeito, já que a equipe seguia sem criar nada e sem arrematar contra o gol adeversário.
O Cruzeiro era o oposto do Atlético. Jogava como bem entendia e parecia estar disputando uma partida dentro de seus domínios. Os cruzeirenses faziam a bola rolar, bombardeavam constantemente o gol de Guilherme e só não fizeram gol por puro capricho de seus atacantes, que perdiam ótimas oportunidades de fechar o jogo.
Apesar do Cruzeiro dominar, o time perdia muitos gols e a velha máxima de que "quem não faz, leva" se fez presente e o Atlético chegou ao segundo gol. Edno cobrou a falta, Fábio saiu mal e Pedro Oldoni, meio sem querer, cabeceou e fez o gol.
Com o segundo gol, o Atlético fechou-se mais e segurava bem as investidas do Cruzeiro. A situação ficou ainda melhor para o rubro-negro quando Tiago Heleno foi expulso no final do duelo. Entretanto, no último minuto, a zaga observou Fernandinho ir à linha de fundo e cruzar na cabeça de Nenê, que subiu sozinho e empatou a partida.
Após o apito final, a torcida atleticana vaiou incessantemente o time, cobrando raça da equipe. O próximo jogo do Atlético será contra o Grêmio, no Olímpico.
