Atlético vira jogo que perdia até os 43 do 2.º tempo

A estrela da sorte do Atlético está brilhando mais ou seria a segunda estrela dourada chegando à Baixada? A verdade é que, mesmo jogando mal, o Furacão mostrou que está mais do nunca na busca do segundo título do Campeonato Brasileiro. Depois de estar perdendo para o Flamengo, o Rubro-Negro paranaense conseguiu virar para 2 a 1 uma partida em que a torcida quase não acreditava mais, ontem, na Arena. Com o emocionante resultado, a equipe se manteve na segunda colocação da competição e firme na caça ao Peixe.

Se o técnico Levir Culpi comemorava as ausências de Felipe, Athirson e Dimba no time carioca, sentiu as ausências de Marcão, Rogério Correia, Alan Bahia e William. Sem tantos jogadores titulares em campo, a partida demorou a engrenar, se é que engrenou. Por incrível que pareça, foi o Flamengo que tomou a iniciativa e mesmo com alguns jogadores apenas figurando em campo levou mais perigo logo de início. Júnior Baiano, em grande forma, cobrou uma falta, que obrigou Diego a fazer uma ponte.

O susto não foi o suficiente para acordar os atleticanos. Depois de apenas uma cabeceada de Ígor e uma chance com Fernandinho, a torcida foi obrigada a pedir raça. Em vão. O time continuou na mesma e Júlio César não teve nenhuma defesa para fazer. O jogadores foram para o vestiário se cobrando por tantos passes errados. Até Jádson, um dos melhores nos últimos jogos, errou quase tudo que fez, mas reconheceu.

Para o segundo tempo, só mudança de lado. Levir esperou Pingo se machucar para tentar mudar taticamente a equipe. Colocou Raulen na ala e trouxe Fernandinho para o meio melhorar. Mas, os passes continuaram muito ruins. Tanto que um de Jádson resultou no escanteio que Íbson cobrou para Júnior Baiano fazer de cabeça. A torcida fez a sua parte e não deixou o time se abalar. Continuou incentivando e empurrou a equipe para cima.

Mesmo assim, parecia que tudo daria errado. Morais entrou e pouco acrescentou e o árbitro não marcou um pênalti em cima de Fernandinho. Daí, brilhou a estrela de Dênis Marques. O atacante, clone de Oséas, entrou para mudar a história da partida. Dos pés dele, saíram as jogadas que resultaram na virada do Atlético e não transformação da Arena novamente em Caldeirão.

Primeiro, ele passou para Washington dominar, virar com a marcação em cima e chutar no canto.

Logo em seguida, o mesmo Dênis tentou passar para o mesmo Washington, a bola foi muito longa e ficou livre para Júlio César segurar. O goleiro flamenguista tentou enfeitar, perdeu a bola para o Coração Valente e cometeu pênalti. Era o Furacão de novo no páreo. O artilheiro do Atlético e do Campeonato cobrou para virar o jogo e fazer as arquibancadas tremerem novamente.

Coração Valente. E artilheiro

No dia mundial do coração brilhou novamente a estrela do Coração Valente do Atlético: o artilheiro Washington. Com os dois gols marcados contra o Flamengo, o atacante alcançou o topo da artilharia do Campeonato Brasileiro e ajudou o Rubro-Negro a continuar na segunda colocação (empatado por pontos com o Santos). Agora ele tem 21 gols contra 20 de Alex Dias, do Goiás. Melhor do que isso só o título da competição, próximo objetivo do matador.

“Tive a felicidade de decidir a partida, claro que, juntos com meus companheiros. Viramos o jogo, mas depende sempre de todos acreditarem. Acreditamos e conseguimos essa grande vitória”, comemorou. Ele mesmo reconheceu que não jogou bem, nem o time repetiu as últimas atuações, mas, quando isso acontece, os jogadores precisam mostrar ainda mais disposição.

“Tem dia que a gente não joga bem, realmente. Tem dia que não dá nada certo, tecnicamente não dá nada certo. Então, você tem que suprir isso com a dedicação, com a garra, com a vontade”, apontou. Para o artilheiro, se não dá para ir no toque de bola, o jeito é apelas para a correria, que o Furacão sabe fazer como ninguém. “Se você não está bem tecnicamente, fique disposto, corra, que, com certeza, uma hora a jogada vai acontecer”, receitou.

Como ele acredita mais do que ninguém, pelo que já sofreu, pelas metas que se impôs e superou, não seria uma partida que iria abalar os planos do Atlético de conseguir o título do Nacional. Pelo menos quando Washington está em campo. “Eu sempre acreditei, tentei gritar com meus companheiros para acreditarem também e por isso tivemos essa grande virada”, revelou.

Além do Nacional, Washington superou Marcel e Renaldo, que no ano passado marcaram 30 gols na temporada. O rubro-negro tem agora 31 no geral. Agora, ele vai em busca do título e da artilharia. “Eu quero ser é campeão, mas se for artilheiro melhor ainda”, completa. Alguém duvida?

Para Levir, um prêmio pelo trabalho

Sorte? Que sorte? Para o técnico Levir Culpi, não teve nada de sorte na vitória do Atlético sobre o Flamengo por 2 a 1. Ele reconheceu que o time teve muitas dificuldades durante a partida, mas lembrou que a sorte acompanha quem trabalha.

“O jogo foi emocionante, pela forma que foi construído o resultado. Agora, eu não considero que o resultado tenha sido injusto. Foi o primeiro jogo que nós atuamos com a temperatura acima de 30ºC, o nosso gramado estava um pouco alto e os jogadores sentiram um pouco de dificuldade no jogo”, analisou Levir.

“As oportunidades apareceram e nós confirmamos no final do jogo. O Flamengo é um time que cresceu muito de produção nos últimos jogos e, portanto, nós já esperávamos um jogo difícil”, apontou.

Hoje, a equipe se reapresenta pela manhã no CT do Caju, treina e já concentra para a partida contra o Vitória, as 20h30 de quarta-feira, no Barradão. Para esta partida, Levir terá as voltas do zagueiro Marcão, do volante Alan Bahia e do meia William, mas não poderá contar com os zagueiros Ígor e Marinho, ambos suspensos.

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