Na última volta do ponteiro, Rafael Moura marcou o gol que fez explodir o Caldeirão e reacendeu a esperança do torcedor rubro-negro em ver o seu clube do coração permanecer na elite do futebol brasileiro em 2009. A vitória de ontem, 1 a 0 sobre o Sport, foi muito comemorada, porque o Atlético não fez uma boa partida e achou o resultado muito mais pela insistência do que pela técnica.

continua após a publicidade

O placar, conquistado com muito sofrimento, ajudou o Furacão a subir na classificação e deixar a zona de rebaixamento, por, pelo menos, uma rodada. Pulou da 18.ª para a 16.ª posição. Agora, o time da Baixada tem uma semana para se preparar para enfrentar o Figueirense, no próximo domingo, em Florianópolis. Mais um jogo de 6 pontos. Antes, porém, vai acompanhar o duelo de dois de seus adversários diretos na briga para não cair à Segundona. Figueirense e Fluminense se enfrentam na quarta-feira, complementando a 32.ª rodada. Independentemente do resultado, o Rubro-Negro retornará a zona da degola.

O jogo

O gol salvador do “He-Man” acabou com a angústia dos torcedores, que sofreram durante os 90 minutos ao acompanhar o time jogando um futebol ruim, errando muitos passes e dando a impressão de que não conseguiria superar o bem estruturado time do Sport. Também deu fim ao pequeno tabu de não vencer o Leão na Arena, que perdurava desde 2001.

continua após a publicidade

O Atlético tomou a iniciativa da partida e dominou grande parte do 1.º tempo, mas não demonstrou força ofensiva. A única vez que assustou o goleiro Magrão foi numa cabeçada de Ferreira, aos 28 minutos. O Leão da Ilha, que entrou bastante cauteloso, também não se arriscou e deixou o jogo sonolento, sem emoção. Entretanto, mesmo não jogando bem, a equipe pernambucana teve a melhor chance aos 40 minutos, com Vinícius salvando gol de Fumagalli.

Para dar mais ânimo à equipe, Geninho fez duas substituições no intervalo. Rafael Moura no lugar de Pedro Oldoni e Zé Antônio substituiu Alberto, que saiu reclamando de dores musculares.

continua após a publicidade

As mudanças não surtiram efeito e o Rubro-Negro paranaense continuou no mesmo marasmo. Permaneceu errando muitos passes e dando espaço para o Sport jogar. Nitidamente, o Furacão acusou a pressão de ter que vencer, a qualquer custo, na Arena e cometeu muitas falhas, sobretudo individualmente. Jogadores que deveriam criar e dar mobilidade ao time – casos de Netinho, Zé Antônio, Júlio César e Ferreira -, não conseguiam trocar passes e dar continuidade às jogadas. Desta maneira, o Atlético foi facilmente marcado pelo adversário, que dominou o 2.º tempo. Mas o Leão, demonstrando estar satisfeito com o empate, não pressionou e incomodou apenas em cobranças de falta e escanteio.

Bola parada

Geninho tentou empurrar seu time para frente, tirando um volante (Alan Bahia) e colocando mais um atacante (Anderson Aquino). A equipe atleticana não correspondeu e continuou lenta e sem criatividade. Mas, nos instantes finais, apoiado pelos gritos da torcida, o Furacão reuniu forças para a última estocada. E, como não poderia ser diferente, diante do baixo nível técnico do jogo, uma bola parada determinou o resultado. Netinho cobrou escanteio no 2.º pau e Rafael Moura completou de cabeça. A bola encobriu o goleiro Magrão e morreu no fundo da rede do Leão. Gol extremamente sofrido, mas que fez a Arena explodir.