Domingo de Carnaval, mas serpentinas e festa apenas para o lado rubro-negro que, num clássico bastante disputado, venceu o Paraná Clube, por 2 a 1, e manteve a liderança isolada do Campeonato Paranaense. E motivos para comemorar não faltam ao Atlético.
Ontem a equipe marcou o 100.º gol em clássicos contra o Tricolor, manteve a invencibilidade, deu um passo importantíssimo para a conquista dos dois pontos extras para a fase final da competição e viu Ferreira voltar a desequilibrar e a apresentar bom futebol. Para o Paraná restou apenas a ressaca de mais uma derrota no campeonato e a certeza de que terá muito trabalho pela frente para reencontrar a boa fase.
O clássico começou com surpresas do lado atleticano. Da formação que havia empatado com o Nacional, Geninho fez cinco alterações e nos três setores da equipe (defesa, meio e ataque).
Conforme o treinador, nada demais, já que entraram no gramado os jogadores que melhor treinaram durante a última semana. Além disso, Geninho queria dar continuidade a sua fase de observações.
A grande novidade foi o meio-campo formado por dois volantes (Valencia e Jairo), dando liberdade para Ferreira. E nessa função, o colombiano desequilibrou no 1.º tempo, principalmente porque o adversário deu espaço.
Nos 25 minutos iniciais, o Furacão sobrou em campo. Abriu o placar numa linda cobrança de falta de Zé Antônio e pressionou o Paraná que, perdido, se defendia como podia.
A partir daí apareceu a figura do guerreiro Agenor. Além de marcar, o volante teve que ir à frente para tentar resolver o problema dos atacantes que nada faziam. Em 10 minutos, o camisa 5 paranista foi o grande protagonista do jogo.
Acertou chute na trave, arriscou outro petardo de longe e finalmente aos 32 minutos cometeu penalidade sobre Júlio César. He-man cobrou e fez o seu 6.º gol no campeonato, reassumindo a artilharia, e deixando o Atlético em boa situação na partida – 2 a 0.
Reação
Após o 2.º gol parecia que o Tricolor desmoronaria em campo, pois o responsável pelo meio-campo saiu contundido. Lenílson foi substituído por Elton. Mas a entrada do zagueiro ao invés de retrair o time, acertou o setor de marcação e deu liberdade a Murilo, que passou a incomodar a retaguarda rubro-negra. O 1.º tempo já terminou bem equilibrado o que prometia uma boa etapa final.
Mas isso não aconteceu. Os dois times voltaram marcando mais forte e os bons lances rarearam. O Atlético parou de criar e o Paraná se aproveitou para ir pra cima em busca de um melhor resultado.
E pra parar o ímpeto tricolor, o Furacão exagerou nas faltas, tanto que cinco jogadores foram punidos com cartões amarelos, e foi punido. Aos 10 minutos, após cobrança de falta, Agenor se antecipou a Galatto e cabeceou para diminuir a vantagem atleticana – 2 a 1.
Depois disso, o nível técnico da partida caiu bastante e a pegada sobressaiu. A única boa chance saiu dos pés de Lima que, aos 34 minutos, carimbou a trave, após receber belo passe de Valencia.
O Paraná tentou chegar à igualdade através de jogadas de bola parada, mas não teve competência suficiente. Final de jogo e festa do lado atleticano e muitas lamentações do lado paranista.
Afinal de contas enquanto um comemorava a liderança o outro tentava encontrar explicações para a má campanha no estadual, já que hoje o Tricolor não estaria classificado a fase final do Paranaense.