O Atlético venceu o Paraná por 3 x 2, ontem, na Vila Capanema, em uma partida que começou morna no primeiro tempo e nos últimos 45 minutos ganhou status de clássico com C maiúsculo, com direito a virada no placar, provocações, expulsões e superação de duas equipes.
O resultado mantém o Furacão em segundo lugar, com 16 pontos e cinco atrás do líder Coritiba. O Tricolor teve sua situação ainda mais complicada, caindo para a sexta colocação no segundo turno e mantendo-se na zona de rebaixamento do campeonato – 15 pontos contra 18 do Rio Branco.
Com um público muito aquém dos grandes clássicos, apenas 4.194 pagantes, o jogo só pegou fogo na etapa final. No primeiro tempo, o Paraná teve mais presença e o Furacão não esboçou nenhuma reação. No intervalo, a chamada de atenção dos técnicos Ricardo Pinto e Geninho surtiu efeito e o segundo tempo foi cheio de emoções, como pedem os clássicos.
O Paraná retornou pressionando e aos 4 minutos Kelvin mandou no cantinho esquerdo de Renan, fazendo 1 x 0. O camisa a 10 do Paraná voltou a balançar as redes depois de 8 jogos e puxou a fila de cartões amarelos desencadeados por causa das comemorações sem camisa.
O Atlético, ao contrário do que acontecia em rodadas anteriores, quando sofria o gol e se apagava em campo, foi atrás do prejuízo e Madson aos 12 minutos – entre dois jogadores do Paraná, de costas para o gol e sem conseguir fugir da marcação -, tocou de calcanhar e empatou por 1 x 1.
O jogador recebeu mais um cartão amarelo, por comemorar sem camisa. O baixinho aproveitou o momento para desabafar. Batendo no peito, ele mandou um recado para a torcida atleticana: “Pode falar, mas dentro de campo eu sou f…”.
Mais tarde, disse que foi uma resposta às críticas pelas reclamações de festas em seu apartamento. Os atleticanos ainda comemoravam quando tomaram outro banho de água fria.
Léo, dois minutos depois de Madson, aproveitou o lançamento de Paulo Henrique, escorou Diniz na marcação, subiu entre dois e cabeceou para as redes, colocando o Paraná em vantagem: 2 x 1.
O jogador repetiu o gesto de tirar a camisa na comemoração e também foi punido com cartão amarelo. Mas a expulsão de Luiz Carmargo, aos 25 minutos, mudaria a história do jogo. Com um a mais, o Atlético encontrou espaço para forçar o empate e chegar à virada.
De fora da área, Madson, aos 32 minutos, de canhota fez um bonito gol. O jogador foi comemorar na frente da torcida paranista e acabou expulso, por provocar os tricolores que ocupam a Reta do Relógio.
Em seguida, o iluminado Adaílton mais uma vez apareceu para garantir a vitória. Contra o Cascavel, na 6.ª rodada, ele já havia saído da reserva para deixar sua marca.
Ontem, entrou aos 27 da 2.ª etapa e se tornou o herói rubro-negro, fazendo o gol da virada aos 44 minutos e mantendo o tabu de 9 anos, sem que o Furacão perca jogos para o Paraná na Vila Capanema.