O resultado do clássico manteve os dois times na briga. Melhor para o Atlético, que manteve o serviço e “deu um bico na crise” ao superar o seu maior rival. O Coritiba completa seis jogos sem vitória e está mais longe da “zona de classificação”. Enquanto o Rubro-negro subiu três posições, o Alviverde perdeu o mesmo número de degraus na classificação do Brasileirão-2002.
Num jogo tenso, cheio de jogadas viris – e algumas desleais – o Atlético soube aproveitar a primeira real oportunidade. Kléber chegou ao seu 11.º gol na competição.
A vitória reacende as esperanças do Atlético, que igualou-se ao Coritiba em número de pontos (mas com um jogo a mais) e ascendeu ainda mais o “alerta” da equipe de Bonamigo. Mesmo se mantendo com um aproveitamento superior ao do rival, o longo “jejum” coloca em xeque o time coxa-branca.
Atlético põe fim ao jejum e aumenta crise no rival
Rubens Chueire Júnior
Mais do que um jogo. Um espetáculo. O Atletiba de ontem, no Estádio Joaquim Américo apresentava todas as exigências para que acontecesse um enorme “show de bola”. Mas a vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Coritiba foi mais um resultado da quantidade de erros e da marcação forte, do que por uma bela apresentação. Quem errou menos e marcou mais, garantiu a vitória.
A atenção para o jogo já começou com a grande quantidade de policiais, para garantir a segurança.
De um lado, a torcida alviverde, em menor número, mas não menos barulhenta. No outro lado, os rubro-negros, que respondiam à manisfetação coxa-branca, com vaias. O que causou surpresa foi o público, que não compareceu em massa no estádio, para um clássico como esse. Mas mesmo assim a festa estava pronta para começar. E aos times, só restava a vitória. Para o Coxa, a volta aos oito primeiros do campeonato, e para o Atlético, um respiro para sair de uma situaçao incômoda. O que chamou atenção na partida foi o grande número de cartões: oito no total, e um vermelho.
O Coritiba começou com Da Silva dando o primeiro chute a gol, e mandando por cima do travessao. A iniciativa de buscar o jogo era coxa-branca, já que o Atlético errava muitos passes.
Adriano era a peça atleticana que arriscava algumas investidas com velocidade. Tanto que o meia começou a infernizar a zaga coxa-branca. Aos 10 minutos, Fernando saiu do gol, Adriano tirou do goleiro e tocou para o gol, mas Danilo conseguiu tirar o perigo. O zagueiro evitou uma, mas a segunda não teve jeito: Kléber abriu o placar aos 14 minutos. Depois de uma cobrança de falta com rapidez, Alex Mineiro tocou para o atacante, que balançou a rede.
Com a vantagem, o Atlético se arriscou mais no ataque. Adriano, pela direita, perturbava a zaga alviverde. Lima e Da Silva estavam muito marcados, e não conseguiam jogar. Os dois atacantes coxa-branca estavam sumidos na partida.
Atrás no placar, o Coritiba foi em busca do empate no segundo tempo. Mas, mesmo vencendo o jogo, o rubro-negro não diminuiu o ritmo. O que aumentou foi o número de faltas. Em apenas três minutos, três cartões amarelos. Até os 20 minutos, nenhuma chance de gol foi criada. Douglas Silva, com um chute rasteiro, criou a primeira oportunidade. O Coritiba respondeu com Jabá, mandando a bola no travessão.
Depois da jogada, e até o final do jogo, o perigo de gol apareceu para as duas equipes. Com um contra-ataque, aos 26, Alex Mineiro recebeu na frente, mas na hora da finalização, Fernando espalmou para linha de fundo. Para o Coritiba, Sérgio Manoel cobrando falta, obrigou Flávio a defender com dificuldade, e garantir a vitória atleticana. Depois de muito tempo, a torcida rubro-negra saiu sorrindo de um jogo no Joaquim Américo.