Foto: Valquir Aureliano
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Jogadores atleticanos comemoram o gol de Lima, o primeiro do Atletiba.

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Falou mais alto a categoria. O Atlético contou com as boas atuações de Dagoberto e dos defensores para conseguir a vitória por 2×1 sobre o Coritiba no clássico de ontem, no Couto Pereira.

Os donos da casa lutaram muito, mas não conseguiram suplantar o Furacão, que chega a 45 pontos e se aproxima mais das primeiras posições. O Coxa, em contrapartida, permanece estacionado e fica em má situação no campeonato brasileiro.

O jogo começou eletrizante. O Coritiba iniciou pressionando, mas no primeiro ataque, logo a três minutos, o Atlético abriu o placar. Em rápido contra-ataque, Danilo tocou para Dagoberto, que avançou e deixou com Evandro. O camisa 10 rubro-negro acertou ótimo passe, deixando Lima na cara do gol. Com estilo, o atacante tocou na saída de Douglas e calou a torcida alviverde, que iniciara a partida vaiando o jogador.

O gol atleticano deixou o Coxa atordoado. Por algum tempo, os donos da casa estavam a pique de sofrer mais no clássico. Mas um lance de soberba do goleiro Tiago Cardoso mudou a cara do primeiro tempo. Após um escanteio cobrado por Ricardinho, o goleiro do Furacão deu um tapa na bola e esqueceu do lance, pensando que tinha tocado para fora. Mas ela seguiu o caminho da pequena área, onde estava Marcelo Peabiru, que cabeceou e empatou o jogo.

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Já sem Marquinhos (que saiu com dores no joelho aos 25 minutos, e chegou a chorar no banco de reservas), o Coritiba voltou para a segunda etapa com Peruíbe no lugar de Márcio Egídio, que cansou. E o Coxa, empurrado pela torcida, partiu para a pressão – foram quinze minutos em que o Atlético não saiu do seu campo defensivo. Mas, à exceção de uma jogada de Ricardinho em que Lima quase fez contra, os alviverdes não conseguiram criar jogadas perigosas.

Em contrapartida, rapidamente o Furacão se recuperou. Um pouco pela entrada de Ferreira no lugar de Lima, e muito pela melhora de Dagoberto, que passou a ganhar as jogadas ofensivas e empurrar seu time para o ataque. Numa das inúmeras faltas que o atacante sofreu, Jancarlos cobrou e Paulo André, livre de marcação, cabeceou para o gol. De novo os donos da casa sentiram o placar, e Antônio Lopes Júnior arriscou colocando Negreiros no lugar de Peabiru.

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Mas o esforço alviverde foi inútil – acertando até uma bola na trave com Humberto. A luta não foi suficiente para suplantar a melhor condição técnica do Atlético, que controlou as ações ofensivas do Coxa e administrou a vitória no clássico – a quarta seguida sob comando de Evaristo de Macedo, que confirmou o ótimo momento rubro-negro. Já o Cori acabou consolidando a crise da semana, a pior da temporada alviverde.

CAMPEONATO BRASILEIRO
CORITIBA 1×2 ATLÉTICO

Coritiba: Douglas; James, Anderson, Reginaldo Nascimento e Ricardinho; Márcio Egídio (Peruíbe), Humberto, Jackson e Marquinhos (Rodrigo Batata); Caio e Marcelo Peabiru (Negreiros). Técnico: Antônio Lopes Júnior

Atlético: Tiago Cardoso; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão; Alan Bahia, Cristian, Evandro (Ticão) e Lima (Ferreira); Dagoberto (Finazzi) e Aloísio. Técnico: Evaristo de Macedo

Súmula
Local: Couto Pereira
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (FIFA-RJ)
Assistentes: Hílton Moutinho Rodrigues (FIFA-RJ) e Marcos Tadeu Penichi Nunes (RJ)
Gols: Lima 3 e Marcelo Peabiru 20 do 1º; Paulo André 22 do 2º Cartões amarelos: Reginaldo Nascimento, Anderson, Marcelo Peabiru, Jackson (CFC); Lima, Jancarlos, Alan Bahia (CAP)
Renda: R$ 183.566,00
Público: 16.001 (14.272 pagantes)

Alegria, tristeza, sorte, azar… os assuntos de vestiário

De um lado, a tristeza. De outro, a alegria. Mesmo com opiniões semelhantes, os jogadores de Coritiba e Atlético tinham obviamente gostos diferentes do resultado do Atletiba – os rubro-negros comemoravam a eficiência do time no clássico, os alviverdes buscaram na falta de sorte uma explicação para a derrota em casa. A confirmação da recuperação do Furacão também foi um dos fatos mais citados pelos jogadores vencedores.

"É um resultado importantíssimo", resumiu o atacante Dagoberto, que foi um dos destaques da melhora atleticana no segundo tempo. "Nós retomamos a alegria de jogar, e conseguimos fazer resultados que nos colocam mais perto dos primeiros lugares", completou o jogador. "Nós podemos pensar mais, só que precisamos continuar vencendo, a partir do jogo com o Atlético-MG", afirmou o zagueiro Danilo.
Para outro zagueiro, Paulo André, ficou ainda a alegria de marcar o gol da vitória. "É emocionante. Cada momento que se fala do gol eu lembro do lance, e fico feliz em ter dado esse resultado para a torcida rubro-negra", disse. "E a gente também pôde contar com a sorte. No último lance eles acertaram a trave", lembrou Aloísio.
Essa sorte atleticana também foi o azar coxa. "É uma infelicidade. É duro quando as coisas acontecem assim", lamentou o volante Humberto, que fez boa estréia, e que acertou uma bola na trave aos 46 minutos do segundo tempo. "Eles foram mais eficientes nas bolas paradas, e nós fomos azarados no final, quando tivemos a chance de empatar", completou o zagueiro Anderson. (CT)