Atlético troca Vadão por Antônio Lopes

Antônio Lopes é o novo técnico do Atlético. Bastou uma rápida conversa por telefone, na noite de ontem, com os presidentes João Fleury e Mário Celso Petraglia, para que o ?Delegado? aceitasse dirigir o Rubro-Negro novamente. Na ligação foram acertadas apenas as bases salariais e premiação em caso de classificação à Libertadores ou título. A duração do contrato não foi definida. O filho de Lopes também fará parte da nova comissão técnica.

O Delegado desembarca em Curitiba para dirigir o Atlético pela terceira vez. Ele comandou o Furacão em 2000 e também em 2005, quando obteve o inédito vice-campeonato da Libertadores. Também obteve êxito dirigindo o Paraná Clube e o Coritiba. ?Estou feliz em voltar a Curitiba, onde tenho grandes amigos?, confidenciou o novo comandante em entrevista à Rádio Banda B.

Antônio Lopes informou que já trabalhou com grande parte do elenco atual do Atlético e que o considera de bom nível técnico. ?Acho que não teremos problemas (em dirigir a equipe) e tenho certeza que vamos fazer um bom trabalho?, afirmou.

O Delegado contou que aceitou o convite porque gosta do Atlético e devido a ótima estrutura que o clube possui. ?Talvez seja o clube com a melhor estrutura do País. Tem um grupo bom e oferece boas condições de trabalho?, finalizou.

Antônio Lopes chegará hoje à capital paranaense e dirige a equipe contra o Fluminense, na partida de domingo, na Arena da Baixada. ?Vamos nos inteirar do trabalho que foi desenvolvido por Vadão por quase um ano e aos poucos vamos colocar algo a mais?, disse o treinador revelando como vai imprimir o seu estilo de comando.

A negociação com o Atlético foi facilitada, pois além do técnico ser amigo dos dirigentes, ele adota a mesma filosofia de Vadão: não tem costume de fixar multa nos contratos com o clube que dirige. ?Quando faço contrato nem tenho preocupação em multa, deixo o clube à vontade para analisar meu trabalho?, explicou.

Um técnico ?linha dura?, que é a postura usual do Delegado, cai bem para a atual situação enfrentada pelo Atlético, cujos jogadores não estão rendendo em campo e precisam de um puxão de orelha para acordar e representar bem as cores do Furacão.

Vadão já é página virada

Foto: Fábio Alexandre

Petraglia e Vadão tomam rumos diferentes, a partir de agora.

O segundo tropeço consecutivo em casa no Brasileirão e a péssima atuação do time rubro-negro resultaram na demissão do técnico Oswaldo Alvarez.

A saída do treinador ficou acertada após um almoço envolvendo Vadão e o presidente do Conselho Gestor, Mário Celso Petraglia, no início da tarde de ontem.

Sob o comando de Oswaldo Alvarez, nas temporadas 2006/2007, o Atlético disputou 60 jogos e obteve 26 vitórias, 16 empates e 18 derrotas – um aproveitamento total de 52,2%. O primeiro semestre atleticano não transcorreu como o esperado. O elenco principal realizou pré-temporada e se preparou exclusivamente para a conquista da Copa do Brasil, principal objetivo do clube. Tanto que um time b foi montado para disputar o campeonato estadual, sob o comando de um técnico adjunto – Ivo Secchi. Mas o planejamento começou a ruir com a desclassificação do estadual para o Paraná, na semifinal, com o time já treinado por Vadão.

A partir dali, iniciou-se a fase negra do Furacão em casa. Foi eliminado nas quartas-de-final da Copa do Brasil pelo Fluminense, ao perder na Arena. Nos três jogos seguintes, com o mando de campo, a equipe rubro-negra perdeu duas. A última foi a vexatória derrota para o Goiás, por 3 a 0, na qual a própria declaração do treinador, que deveria orientar e corrigir o time, chamou atenção: ?Se estivesse na arquibancada, hoje eu também teria vaiado?.

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