Atlético troca de treinador

O Atlético manteve a sina de não vencer fora de casa no campeonato brasileiro e perdeu para o Vasco da Gama por 2 a 1, ontem, no Rio de Janeiro. Com o resultado, o Rubro-Negro caiu para a 18.ª posição na competição e ficou sem o técnico Osvaldo Alvarez, demitido após a partida pelo presidente Mário Celso Petraglia. Hoje cedo, o Furacão anunciou a contratação do técnico Mário Sérgio que estava sem clube depois de se desligar do São Caetano.

Mário Sérgio é o novo técnico

O técnico Mário Sérgio, que iniciou o trabalho do título brasileiro de 2001, está de volta ao Atlético-PR. O treinador substitui Osvaldo Alvarez – o Vadão -, demitido após a derrota por 2 x 1 para o Vasco, domingo. Mário Sérgio já assume a equipe para o clássico de quarta-feira contra o Paraná Clube, na Arena.

O nome do novo treinador foi confirmado pelo presidente rubro-negro, Mário Celso Petraglia, nesta segunda-feira cedo. Além da troca do técnico, ocorre também a reformulação da comissão técnica. Junto com Mário Sérgio, se apresentam no CT do Caju Eudes Pedro, auxiliar técnico; Flávio Oliveira, preparador físico, e Francisco Servosi, treinador de goleiros – todos trabalhavam até pouco tempo no São Caetano.

Apesar de não estar indo bem no nacional, Mário Sérgio acredita numa recuperação, apesar de não prometer nada. “Eu conheço o clube, mas sei que o time mudou muito e teríamos que analisar o que fazer para reverter essa situação porque não dá mais para contratar para este ano”, analisou.

O perfil dele se encaixa com o que o próprio presidente Mário Celso Petraglia deixou claro após anunciar a dispensa de Vadão. Para o dirigente, o time terá um treinador de maior gabarito e que esteja à altura da projeção que o clube adquiriu nos últimos anos. “De nada adianta termos algum treinador inexperiente no segundo turno do brasileiro, tem que ser alguém que cause impacto nos jogadores”, finalizou o dirigente.

Vadão concorda e sai do comando conformado

A demissão de Osvaldo Alvarez do comando técnico do Atlético era mais do que anunciada. Após a derrota para o Santos na semana passada, os dirigentes já não demonstravam o mesmo ânimo com o trabalho apresentado e não era somente com a questão técnica e tática. O lado físico, visivelmente ruim nas últimas partidas, e até a questão psicológica (apesar de o time principal não ter um psicólogo exclusivo e utilizar os serviços de Kátia Garcia, dos juniores) foram postos em discussão e, aparentemente, não vinham satisfazendo às expectativas dos dirigentes.

Antes da partida de ontem, o próprio presidente Mário Celso Petraglia já demonstrava a intenção de mudar o comando técnico, confirmado por suas palavras após a partida. “Eu cobro do responsável e o responsável no Brasil e no Atlético é o treinador. Quem escala é ele, quem mantém o grupo é ele, quem treina é ele e quem traz os jogadores para viajar é ele e é ele de quem nós cobramos”, atirou. Apesar de ter Vadão como um integrante da família atleticana pelos títulos conquistados conjuntamente, o dirigente não escondeu a sua decepção com o trabalho apresentado até aqui.

Mesmo sem saber de sua demissão, que foi comunicada à imprensa primeiro do que ao próprio profissional, Vadão não quis polemizar e entendeu com naturalidade a intenção dos dirigentes atleticanos. “É uma coisa absolutamente normal. Todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade. O Atlético conseguiu fazer uma campanha dentro de casa boa e fora da Arena nós realmente destoamos”, analisou. Conformado com a vida que o cargo lhe impõe, Vadão deverá estudar propostas e o caminho natural é que ele comece a conversar com os dirigentes do Vitória. “O problema que o treinador carrega um peso maior é normal e faz parte da cultura do futebol brasileiro”, finalizou.

Campanha

Em sua segunda passagem pela Baixada, Vadão comandou o Atlético em 29 partidas. Foram nove vitórias, sete empates e 13 derrotas válidas pelo campeonato paranaense, Copa do Brasil e campeonato brasileiro. Um aproveitamento em jogos oficiais de apenas 39,1%.

 

O jogo de ontem

Pressionados por um bom resultado para manter o técnico Osvaldo Alvarez no cargo, os jogadores do Atlético demonstraram mais uma vez dispersão em campo. Sem muita organização, os rubro-negros ficaram esperando a equipe do Vasco se aproximar e apostar na boa fase de Diego. Não deu outra, o arqueiro teve que se desdobrar para segurar o ataque adversário. O time de Vadão chegava pouco e sem muito perigo e dava a deixa para os cariocas dominarem a partida.

As principais jogadas do alvinegro acontecia pelo seu lado esquerdo. O lateral Oséia passeava pelo seu pedaço do campo e deixava os atacantes na cara do gol. O atacante Donizete perdeu um gol na cara de Diego, que mais uma vez salvou a pátria atleticana. Os susto acordou o meio-de-campo e o ataque do time da Baixada. Ilan e Alex perderam boas oportunidades na cara de Fábio, que também precisou tirar coelho da cartola para segurar o empate no primeiro tempo.

No segundo tempo, o filme voltou a se repetir. O Vasco partiu para o abafa e foi logo assustando a meta defendida pelo Diego. Marcelinho tentou encobrir e Rodrigo Souto chutou fraco para sorte do Atlético. Quando a conclusão era boa, como numa cabeceada de Wellington Paulo, Diego estava lá para salvar novamente. Sem sucesso, Mauro Galvão resolveu mostrar serviço e começou a mudar o time. As mudanças deram um novo ritmo e os gols começaram a sair.

O meia Marcelinho cruzou e Donizete cabeceou para abrir o placar. A desvantagem no placar forçou o Rubro-Negro a jogar mais aberto. Foi o golpe fatal. Num contra-ataque, o Vasco saiu com rapidez até a bola sobrar para Da Silva tocar na saída de Diego, que nada pôde fazer. O time ainda reclamou de uma falta no ataque, não anotada corretamente pelo árbitro Paulo César de Oliveira. Perdendo por dois e com a vaca indo para o brejo, Vadão resolveu mudar e trocou um zagueiro por um atacante. A mudança deu mais poder de fogo para o Rubro-Negro, que ainda descontou através de um chute de fora da área de Fabrício.

CAMPEONATO BRASILEIRO
1.º Turno – 23.ª Rodada
Local: São Januário (Rio de Janeiro)
Arbitragem: Paulo César de Oliveira (Fifa-SP), auxiliado por Válter José dos Reis (Fifa-SP) e Ednílson Corona (Fifa-SP)
Gol: Donizete aos 28, Da Silva aos 31 e Fabrício aos 44 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Leomar, Wésclei, Douglas Silva, Juliano, Russo
Renda: R$ 14.010,00
Público pagante: 1.404
Público total: 3.259

VASCO
2 X 1
ATLÉTICO

VASCO
Fábio, W. Monteiro (Russo), WescleiK, W. Paulo, Oséia, Da Silva, R. Souto, Beto (Morais), Marcelinho, Donizete, Régis (Léo Borges), Técnico: Mauro Galvão

ATLÉTICO
Diego, Ígor, Capone (Fernandinho), R. Correia, Alessandro,  Leomar (Juliano), D. Silva, Fabrício, Ivan, Ilan, A. Mineiro, Técnico: Osvaldo Alvarez

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