Neste Brasileirão dois detalhes têm caracterizado o futebol do Atlético. Os erros de passe e, principalmente, o chutão da zaga para o ataque, a conhecida ligação direta.
Esses aspectos têm sido trabalhados no CT do Caju por Waldemar Lemos. Treinos em espaço reduzido e o famoso dois toques são realizados para melhorar a movimentação dos atletas, abrir espaço e criar opção para receber bolas. Tudo para evitar a prática dos chutões. Entretanto, no campo de jogo, quando é pra valer, parece que o trabalho da semana foi pouco assimilado.
Os jogadores estão cientes das deficiências, mas acreditam que com mais tranquilidade e mais tempo para trabalhar, o lado técnico da equipe vai se aperfeiçoar.
“Algumas coisas só melhoram com treinamento. Vivemos um momento não tão bom. De pressão, precisando vencer e vencer em casa. Tudo isso faz com que o time aja mais na vontade do que na técnica. Daqui pra frente a evolução vai ser maior” comentou o meia Marcinho.
Paulo Baier, que também é responsável pela armação rubro-negra, acredita que a boa sequência de resultados dará a tranquilidade necessária para a equipe apresentar um futebol mais convincente.
E a receita para isso é simples. “Trabalhar a posse da bola e ter a confiança de passar para o companheiro, mesmo que esteja marcado”, explicou o experiente jogador.
Novidade
O provável substituto de Valencia diante do Grêmio, no domingo, reforça o discurso de seus colegas. Rafael Miranda entende que o Atlético precisa aperfeiçoar o toque de bola e consequentemente a criação no meio-campo. Porém ressalta que, no atual momento, o importante é somar três pontos. “A gente teve sim uma dificuldade de jogar com a bola no pé.
Mas o nosso primeiro objetivo é a vitória e se ela vier sendo na força ou no chutão, ótimo. Mas vai chegar um momento em que isso não vai dar certo. Então temos que ter calma para sair lá de trás e não chutar para qualquer lado. Ter paciência e querer mais a bola no pé”, finalizou o volante.