O sonho de conquistar a América acabou em pesadelo para o Atlético. Na madrugada de hoje, em Pachuca, no México, o Rubro-Negro foi goleado pelo time da casa por 4 a 1 e disse adeus à Copa Sul-Americana.
O jogo começou com o Atlético tentando surpreender os mexicanos, partindo para o ataque. Mas o Pachuca logo respondeu e por pouco não abriu o placar aos 4 minutos. Landin invadiu a área pela direita e mandou uma bomba, que parou nas mãos de Cléber.
Liderada pelo meia argentino Caballero, a equipe da casa era quem criava as melhores chances. Cléber teve que trabalhar novamente, fazendo uma brilhante defesa em chute de fora da área de Cabrera.
O Furacão errava muitos passes e dava oportunidade para os mexicanos pressionarem. Após cruzamento de Cabrera, Landin cabeceou sozinho, na cara do gol, mas a bola subiu demais e saiu por cima do travessão.
Nas poucas vezes que chegava ao ataque, o time rubro-negro não conseguia finalizar. Aos 32?, Michel arriscou de fora da área, mas o arremate saiu sem direção e o goleiro Calero apenas observou a bola sair pela linha de fundo.
Pouco depois, a torcida rubro-negra quase caiu da cama com um susto dado por Giménez.
O camisa 19 do Pachuca ?recebeu no meio da zaga e tocou para a rede, na saída de Cléber. Mas o bandeira assinalou impedimento, esfriando a festa da torcida local.
A sorte parecia estar ao lado do Atlético. Aos 42?, na primeira boa jogada do ataque rubro-negro, Jancarlos fez boa jogada pela direita e cruzou. Calero tentou cortar, mas soltou a bola nos pés de Ferreira, que mandou para o gol e colocou o Furacão na frente, incendiando a madrugada curitibana.
O placar levava a decisão para os pênaltis, o que não agradava ao time mexicano.
O Pachuca voltou com tudo no segundo tempo e acabou com a alegria rubro-negra.
O empate quase saiu logo aos 3?, numa cabeçada de Giménez, que passou muito perto do gol. Mas ele não iria demorar. Aos 11?, Cléber defendeu uma bomba de Cacho. No rebote, Danilo dividiu com Mosquera e o árbitro marcou pênalti.
Giménez mandou uma bomba no cantinho, sem chances para Cléber.
Estava aberto o caminho para a goleada mexicana. O Atlético estava perdido em campo e aos 18? sofreu a virada. Em cobrança de escanteio, a zaga atleticana ficou olhando Giménez subir sozinho e assinalar a virada.
As coisas ficaram ainda piores graças a uma bobeira de Jancarlos, que deu uma pancada em Caballero junto à lateral, no meio do campo. O lateral já tinha cartão amarelo e foi expulso.
Se já estava mal com 11, com dez homens em campo o Furacão virou apenas uma brisa, que não levava qualquer perigo ao Pachuca. Aproveitando o marasmo rubro-negro, os Tuzos partiram para a goleada de maneira impiedosa. Aos 31? Álvarez, que havia acabado de entrar, ganhou de Danilo e mandou mais uma nas redes.
Cinco minutos depois, veio o golpe final. Cacho dominou na intermediária, passou por João Leonardo e ficou livre para marcar o quarto.
O restante da partida foi apenas protocolar. Morto em campo, o Atlético apenas observava o Pachuca tocar a bola, para os gritos de olé da torcida local, até o apito final.
O Pachuca está na final da Sul-Americana e encara o Colo Colo, do Chile.
Ao Atlético, resta tentar manter a 13.ª posição no Brasileirão e garantir vaga na competição no ano que vem.
Vadão culpa arbitragem
Para o técnico Vadão, a culpa da goleada foi do árbitro Mauricio Reinoso.
?Atribuo a derrota ao árbitro, à palhaçada que ele fez. Ele desarticulou todo o nosso time, desde o primeiro tempo, com os cartões amarelos?, disparou o treinador.
As principais queixas do comandante rubro-negro foram em relação ao pênalti que originou o primeiro gol do Pachuca e à expulsão de Jancarlos. ?O jogo estava empatado na soma dos resultados, quando ele arranjou um pênalti. O primeiro cartão amarelo para o Jancarlos foi ridículo e só por isso ele foi expulso depois?, afirmou.
O volante Marcelo Silva preferiu pegar mais leve com a arbitragem. ?Não dá para colocar toda a culpa no juiz. Estávamos fazendo uma partida equilibrada, mas com um homem a menos ficou muito difícil?, analisou.
Agora, o objetivo é garantir uma vaga na Sul-Americana no ano que vem.
COPA SUL-AMERICANA
semifinal – jogo de volta
Gols: Ferreira, aos 42? do primeiro tempo. Giménez, aos 11? e aos 18?, Álvarez, aos 31?, e Cacho, aos 36?do segundo tempo.
Árbitro: Maurício Reinoso (Equador)
Assistentes: Marco Muzo e Felix Badaraco (Equador)
Cartões amarelos: Jancarlos, Erandir (Atlético), Cacho (Pachuca)
Cartão vermelho: Jancarlos (Atlético)
Local: Estádio Miguel Hidalgo, em Pachuca (México)
PACHUCA/MEX 4 x 1 ATLÉTICO/BRA
Pachuca – Calero; Cabrera, López, Mosquera e Fausto Pinto; Salazar, Caballero, Correa e Chitiva (Álvarez); Gimenez (Arellano) e Landin (Cacho). Técnico: Enrique Meza.
Atlético – Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir (Marcelo Silva), Alan Bahia, Cristian (Válber) e Ferreira; Marcos Aurélio (William) e Denis Marques. Técnico: Vadão