O Atlético já iniciou os trabalhos para o Atletiba, mas domingo terá no banco de reservas um comando diferente de outros clássicos disputados este ano. Antônio Lopes será o quarto treinador do Furacão a tentar, em 2011, vencer um duelo contra o principal rival rubro-negro. O jogo, desta vez, vale a permanência do clube na Série A. Antes do Delegado, Leandro Niehues e Adilson Batista comandaram o time nos Atletibas pelo Campeonato Paranaense, com derrotas em ambos. Leandro perdeu por 4 x 2 e Adilson por 3 x 0, resultado que fez do Coritiba o campeão estadual, em plena Arena da Baixada.
No Brasileirão, a incumbência ficou com Renato Gaúcho, que conseguiu empatar por 1 x 1 contra o adversário. Enquanto isso, o Coritiba fez o papel inverso, mantendo o mesmo treinador em toda temporada e conquistando 7 dos 9 pontos que foram disputados nos três clássicos já disputados este ano.
Essa alternância de treinadores do Atlético no clássico evidencia a falta de planejamento do Furacão ao longo da temporada. Além disso, a escalação do time também mudou muito de um Atletiba parea o outro. Manoel e Fransérgio – que em um deles entrou no segundo tempo – são os únicos que apareceram em todas as partidas. O zagueiro, porém, deve ser o único a figurar nos quatro clássicos deste ano. Embora Antônio Lopes não revele a equipe que atuará domingo, Manoel faz parte da base que ele quer manter para o próximo Atletiba.
Para o Delegado, o fato de Marcelo Oliveira ter acompanhado o Coritiba nos três primeiros jogos entre os dois clubes não é sinônimo de vantagem para o clássico que fecha a temporada. “Não tem diferença nenhuma, é tudo igual. Uma partida de futebol você não pode ficar traçando parâmetros pelo que já aconteceu, que já passou. Futebol é sempre momento e este é outro momento”, disse Lopes.
A estratégia para tentar tirar proveito do fato de Marcelo Oliveira não ter sido seu adversário ainda é esconder os treinamentos. O Delegado confirma que manterá a base do time, mas os detalhes de como o Furacão irá a campo ficarão apenas entre ele e os jogadores. “Não vou falar, se não o Marcelo está lá escutando e vai mandar interceptar tudo que temos de bom. Eu falo e o Marcelo vai olhar e montar a parte tática dele de conformidade com o que eu passei”, justificou Lopes.
Além de esconder a preparação do time, há outra determinação no Rubro-Negro: nenhum jogador vai falar com a imprensa esta semana. A definição partiu da diretoria atleticana.