Com as contas fechadas e com o último contrato no valor de R$ 65 milhões para finalizar as obras da Arena prestes a ser firmado entre o CAP S/A sociedade de propósito específico criada para gerir as obras do estádio- e a Fomento Paraná, já é possível fazer uma projeção de pagamento por ano de acordo com as taxas de juros e prazos dos contratos firmados. Com a responsabilidade de arcar com a maior parte da conta final da reforma do estádio, o Atlético terá uma parte do seu orçamento comprometido com o pagamento das dívidas até 2027, quando terminará de quitar as parcelas dos financiamentos realizados com o banco estadual.

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O endividamento do clube com os financiamentos realizados junto a Fomento Paraná com a inclusão das taxas de juros será de aproximadamente R$ 234,9 milhões, podendo mudar de acordo com a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Com exceção do ano que vem, quando o clube terá que pagar de uma só vez R$ 30 milhões ao banco estadual referente ao primeiro contrato, firmado em 2012, nos outros anos, o valor a ser pago por mês não deverá passar de R$ 1,6 milhão, com a quantia diminuindo ano a ano, podendo chegar a parcelas de aproximadamente R$ 800 mil ao final de 2027.

Neste ano, apesar de ainda exercer a carência e não precisar quitar as parcelas dos empréstimos tomados, o clube terá que arcar com os juros dos recursos recebidos. Além deles, o Atlético terá que devolver em permuta para a Prefeitura de Curitiba, até o final de 2014, R$ 14,2 milhões referentes as desapropriações dos terrenos em torno da Baixada que foram realizadas pelo poder municipal no ano passado. O pagamento deverá ser feito impreterivelmente neste ano e, o não pagamento poderá acarretar na não emissão do alvará para a abertura do estádio atleticano.

O segundo contrato de financiamento firmado junto ao BNDES no valor de R$131,1 milhões começará a ser pago a partir de dezembro deste ano. Serão 13 anos (156 parcelas mensais) para quitar este contrato e isso será feito com a venda do potencial construtivo que será colocado à venda no mercado imobiliário, podendo o valor ser reajustado e valorizado de acordo com o Custo Unitário Básico da Construção Civil. Além dos títulos de potencial construtivo, o CT do Caju foi dado como garantia para obter o montante e, se a dívida não for paga, o Rubro-Negro corre o risco de ficar sem o seu centro de treinamentos.

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Os dois últimos contratos, ambos no valor de R$ 65 milhões, serão quitados pelo clube nos mesmos moldes e com as mesmas taxas e prazos do financiamento realizado junto ao BNDES. Assim, a partir do ano que vem, o Atlético passará a pagar a dívida se não quiser que as garantias dadas para obter o montante sejam executadas. Para o primeiro contrato, o clube colocou no prego a reavaliação do CT do Caju e as cotas de televisão dos direitos de transmissão do Brasileirão até 2018.