Se está difícil somar três pontos jogando com o apoio da torcida, então o jeito é o Atlético voltar a ganhar fora de casa para fugir da zona de rebaixamento. A situação incômoda de flerte com a ?turma da degola? já perdura por quatro rodadas, mesmo período em que o Atlético não vence no Brasileirão. Após os empates arrancados na garra e vibração – contra Grêmio e Corinthians – o grupo entende que superar um adversário complicado de ser batido em seu estádio – como o Sport Recife – é a melhor maneira de aliviar a pressão e buscar o equilíbrio, tão necessário no campeonato.
Depois de um bom começo atuando como visitante, quando em quatro rodadas venceu Figueirense e Palmeiras e empatou com o Galo e Paraná, o Rubro-Negro não conseguiu mais repetir suas boas atuações e passou a acumular derrotas. Foi assim contra Botafogo, Vasco e América/RN. Para o técnico Antônio Lopes a impossibilidade de repetir a escalação de jogadores foi determinante para a queda de produção. ?No início, a equipe estava se apresentando bem e parecia que tínhamos achado o time ideal. Mas contra o Paraná começamos a perder atletas e desarticulou um pouco. É difícil, mas acontece com outras equipes. Só que com o Atlético está numa incidência muito grande?, desabafou.
A justificativa convence, porque desde que assumiu o Atlético, na 6.ª rodada do Brasileirão, o Delegado teve que alterar o grupo titular em todas as partidas que comandou, seja por contusões, suspensões e até mesmo deficiência técnica dos jogadores. A sina perdura até agora pois, provavelmente, o time que entrará em campo contra o Sport, na noite de sábado, não será o mesmo que empatou com o Corinthians, na Arena.
Para reencontrar a vitória em Recife, Lopes conta com a volta de pelo menos dois jogadores que estavam suspensos – o ala-esquerdo Edno e o volante Claiton. A equipe viajou para o Nordeste na manhã de ontem e hoje realiza um treino-apronto, no qual o técnico deverá definir os titulares. Pelas declarações do Delegado, quem tem lugar assegurado na equipe são o goleiro Guilherme (apesar da falha), os zagueiros Danilo e Rhodolfo e os colombianos Valencia e Ferreira. Em oito jogos disputados na Ilha do Retiro, o Sport perdeu apenas uma vez.
Novo lateral é uma incógnita
Atuar na lateral esquerda do Atlético e convencer não tem sido tarefa fácil para os que se habilitam à vaga. Desde a saída de Marcão, na reta final do Brasileirão 2005, vários jogadores passaram pela posição e decepcionaram. Só em 2007, cinco jogadores já rodaram pela lateral esquerda e ninguém convenceu. Chico, Netinho e Nei foram improvisados naquele setor e Nei foi o mais constante. Michel e Edno brigam atualmente pela posição de titular, mas nenhum deles conseguiu uma apresentação sequer razoável. Diante do problema, o Atlético foi buscar na Austrália uma alternativa. Alessandro Viana da Silva, que estava no Melbourne Victory e já jogou no Internacional (RS), está treinando no CT do Caju e deve fazer sua estréia na róxima semana. É mais uma aposta atleticana. Se é um tiro no escuro da diretoria, algumas partidas responderão.
