Além de técnica e fisicamente, o Atlético está trabalhando a matemática nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Nos cálculos rubro-negros, para escapar ileso da briga contra o rebaixamento, a equipe vai precisar pelo menos de uma vitória fora de casa, aliada a um aproveitamento de 100% nos jogos que ainda terá na Arena da Baixada.
Em casa serão mais três partidas: Atlético-GO, São Paulo e Coritiba. Como visitante, a peregrinação é tão ou mais complicada, com os desafios começando contra o Santos, no sábado, tendo ainda na lista Corinthians, Cruzeiro e América-MG – dois concorrentes diretos. Nas contas do treinador Antônio Lopes, chegando aos 42 pontos o Furacão pode se safar da Série B.
Sem muito tempo para reagir, o jeito é partir para cima dos adversários mesmo jogando em território inimigo. Sábado, contra o Santos, o Delegado quer todo mundo indo para cima. Os jogadores já entenderam o recado e partilham da mesma ideia do professor. “Tem que jogar para somar pontos. Tem que atacar o adversário. Se for para [São Paulo] para se defender se torna mais difícil”, disse Paulo Baier.
Renan Rocha sabe que terá trabalho na partida por conta de alguns jogadores diferenciados do Santos, como Neymar e Borges, que é o artilheiro do Brasileirão, com 22 gols. Enquanto defende a meta atleticana, o camisa 1 faz um bom alerta aos colegas que vão jogar lá na frente. “Quando eles saem dão espaço para contra-atacar, e tendo a oportunidade de fazer, podemos sair com a vitória”, pediu Renan.
Como Lopes mesmo gosta de afirmar, o Atlético não tem nada a perder. Por isso, montar blitz para cima do Santos é a melhor alternativa. O que o Delegado quer é usar uma arma que o adversário odeia. “O Santos não gosta de jogar pressionado e temos que fazer isso. Temos que jogar da mesma maneira que jogamos em casa. Não há o que mudar, precisamos ganhar um jogo fora”, reforçou Antônio Lopes.
