Contra o relógio

Atlético tem que se apressar para instalar teto retrátil

Com 53 dias para finalizar a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada, o Atlético e a G3 United, nova parceira do clube na gestão do estádio, estão confiantes que a tampa do caldeirão será inaugurada no dia 5 de dezembro, quando está agendado para o Joaquim Américo, a realização do Shooto 52, evento de MMA popularmente conhecido da modalidade. Ontem, inclusive, a empresa divulgou um teaser oficial do evento e, dentre as atrações, confirmou a inauguração do teto retrátil do complexo rubro-negro.

O teaser trouxe ainda mais informações sobre o Shooto 52. Serão doze combates e cinco cinturões em disputa no octógono, que segundo a organização do evento, colocará frente a frente os melhores lutadores da modalidade. A comercialização dos ingressos começará amanhã pelo site www.supernovatkts.com e custarão de R$ 150 a R$2,5 mil.

A confirmação do Shooto 52 para a Arena da Baixada pode ser um indício de um possível acordo entre o Atlético e a Lanik I. S.A, que forneceu a estrutura e as peças do teto retrátil, mas que ainda não concluiu a obra. Segundo informações repassadas ao poder municipal, as lideranças das partes devem se reunir nos próximos dias para chegar a um acordo para que a obra seja retomada imediatamente.

O clube e a empresa duelam na Justiça por seus direitos. Sem ter um contrato assinado, o Atlético cobra que a Lanik I. S.A. realize o serviço pelo custo de 94 mil euros, que foi inicialmente combinado via e-mail entre as partes. Porém, a empresa alega que o valor passado valia para o período da contratação do serviço, antes da Copa do Mundo, quando o estádio atleticano estava sendo reformado e ampliado para receber os jogos do Mundial. Além da falta de agenda alegada pela empresa espanhola, o custo e a dificuldade para a conclusão do serviço será maior. Isto porque os guindastes, que seriam antes utilizados dentro do estádio, precisarão operar na área externa.

No dia 29 de setembro, o Juiz Rogério de Assis, da 21ª Vara Cível de Curitiba, concedeu liminar favorável ao Atlético e determinou que a Lanik I. S.A. realizasse o serviço pelo valor previamente estabelecido entre as partes de 94 mil euros. A empresa, que tem a sua sede em São Paulo, tem até hoje para recorrer da decisão. Se isso não acontecer e as obras não forem retomadas, a Lanik I. S.A. terá que pagar multa diária de R$ 100 mil pelo descumprimento da decisão judicial.

Independentemente da briga judicial entre Atlético e Lanik I. S.A., o prazo é cada vez menor para que o teto retrátil da Arena da Baixada seja instalado até o dia 5 de dezembro, data em que o Shooto 52 está agendado. A previsão de conclusão das obras é de 30 a 45 dias.

Portifólio

Um dos argumentos usados na liminar expedida favorável ao Atlético é de que a Lanik I. S.A. é uma das poucas empresas capazes de realizar o serviço. Por isso, a empresa espanhola pode ter majorado o valor para a realização do serviço. Atualmente, diversas arenas pelo Mundo possuem teto retrátil e a Arena da Baixada será a primeira no Brasil a contar com esta estrutura de alta tecnologia. O Furacão, somente com as peças, gastou 928 mil euros.

O Pavilhão Desportivo e Tênis Caja Mágica e o Palácio de Gelo, em Madrid, a Bullring Arena, que são complexos localizados em Vitoria, Illescas, Moralzarzal e Logroño, todos na Espanha, são algumas das praças esportivas que a Lanik I. S.A. foi responsável pelas peças e pela instalação da estrutura. No Brasil, a Lanik I. S.A. foi responsável pelas estruturas espaciais (não retráteis) da Arena Pernambuco e da Arena das Dunas, que tamb&eacute,;m foram utilizadas na Copa do Mundo.

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