O Atlético foi a Paranaguá em busca de uma vitória, para sacramentar a classificação no Paranaense. Mas, no Caranguejão lotado, o Rubro-Negro sofreu com a pressão do Rio Branco e voltou satisfeito com o empate em 0 a 0. Agora, só um desastre tira o Furacão das semifinais.
Ao time do litoral, só a vitória interessava. A torcida parnanguara incorporou o espírito de decisão e fez tremer as arquibancadas do Gigante do Itiberê. Mas o empate complicou as coisas para o Rio Branco, que precisa bater o Paranavaí fora de casa, na próxima quarta-feira, para continuar na briga pelo título.
Sob muito calor, o jogo começou com o Atlético tentando surpreender. Nei, que mais uma vez foi o titular da lateral esquerda, cruzou na área para Pedro Oldoni, que não conseguiu dominar.
Não demorou muito e o Leão da Estradinha passou a mandar no jogo. O Furacão errava muitos passes no meio-campo e dava espaços para o Rio Branco, que partiu para o abafa.Porém, a primeira grande chance só aconteceu aos 27?.
O goleiro atleticano Cléber deu rebote em uma bomba de Lúcio Flávio e a bola sobrou nos pés de Ratinho. Mas ele não teve tranqüilidade e perdeu o gol feito, batendo para fora.
A sorte não estava do lado do Leão, que perdeu mais uma incrível oportunidade ainda no primeiro tempo. Aos 38?, Mini cruzou, Massaro deixou a bola passar e Lúcio Flávio dominou na cara do gol, mas bateu para fora.
O Atlético voltou mais ligado para a segunda etapa. Logo aos 2?, Jancarlos fez grande jogada e cruzou para Denis Marques.
A cabeçada foi perfeita, mas a bola bateu em Thierson e saiu pela linha de fundo.
Mas o ataque rubro-negro sentiu a falta de Alex Mineiro. Com fortes dores musculares, o artilheiro nem viajou a Paranaguá e deixou o time sem movimentação na frente.
Assim, o caminho estava aberto para a pressão do Rio Branco. Aos 17?, Ratinho recebeu livre na área e bateu longe do gol. Pouco depois, Massaro caprichou na cobrança de falta, mas Cléber voou no ângulo e mandou para escanteio.
O Atlético chegou perto do gol numa cabeçada de Danilo, mas sofreu até o último minuto com as investidas do time da casa. Mas a noite não era de festa para a torcida da Paranaguá, que deixou o estádio decepcionada com o placar de 0 a 0.
Na quarta-feira, só uma tragédia contra o Cianorte, na Baixada, tira a vaga do Furacão. Com oito pontos e saldo de seis gols, o Rubro-Negro só fica de fora da decisão se for goleado por uma diferença de cinco gols.
Quase uma vitória
?O empate de hoje foi praticamente uma vitória?, resumiu Vadão. Para o treinador atleticano, o time foi heróico ao superar o extremo desgaste da partida contra o Vitória, pela Copa do Brasil, e suportar o ímpeto do Rio Branco na noite de ontem.
?Se vocês tivessem ciência do que foi a preparação para o jogo de quinta-feira… Fomos no nosso limite.
Estou muito satisfeito.
O Rio Branco fez uma partida brilhante?, elogiou Vadão.
O zagueiro Marcão também ressaltou a superação atleticana.
?Foi um jogo muito difícil e esse empate foi justo. Soubemos marcar e da mesma forma a equipe deles?, avaliou o xerifão rubro-negro.
O time da Baixada também foi eficiente para ?zerar? os cartões amarelos para a próxima fase. Alan Bahia, Danilo e Marcão foram advertidos em Paranaguá e estão fora do jogo com o Cianorte, na quarta-feira. ?Nós tínhamos que tomar cartão independente de qualquer coisa. Zeramos três jogadores importantes. Eu falei para tentarem fazer o gol e depois, se as coisas corressem bem, tomar os cartões?, revelou Vadão.
CAMPEONATO PARANAENSE 2007
2.ª fase 5.ª rodada Grupo B
Árbitro: Heber Roberto Lopes
Assistentes: José Carlos Dias Passos e Bernélio Sérgio Lima
Cartões amarelos: Mini, Elvis, Baiano, Cleomir (Rio Branco), Jancarlos, Danilo, Marcão, Nei, Alan Bahia e Ferreira (Atlético)
Local: Fernando Farah, em Paranaguá (PR)
Público e renda: não divulgados
RIO BRANCO 0 x 0 ATLÉTICO
Rio Branco
Valter; Thierson, Leonardo, Alan (Sérgio 34? 2.º) e Cleomir; Mini, Baiano, Elvis e Ratinho (Diego Campos 28? 2.º); Lúcio Flávio (Biro 38? 2.º) e Massaro. Técnico: Saulo de Freitas.
Atlético
Cléber; Jancarlos (Michel 19? 2.º), Danilo, Marcão e Nei; Erandir, Alan Bahia, Evandro (Rogério Corrêa 37? 2.º) e Ferreira; Pedro Oldoni (Cristian 19? 2.º) e Denis Marques. Técnico: Oswaldo Alvarez.
