Duas vitórias, três empates e três derrotas levam o Atlético a ocupar apenas a 12.ª posição no Brasileirão. Essa campanha, que mais preocupa do que empolga, pode ser creditada em grande parte ao ataque rubro-negro, que tem sido uma lástima, tanto tecnicamente quanto em números.
Em oito rodadas, o setor que deveria decretar vitórias só foi decisivo em um jogo – no empate com o Galo Mineiro (1 a 1), gol de Marcelo Ramos. Nas demais apresentações do Furacão, o ataque ou fez papel secundário ou não apareceu.
Marcelo e Pedro Oldoni, únicos atacantes a desencantar neste Campeonato Brasileiro, balançaram a rede na goleada contra o Goiás, mas somente quando a partida já estava decidida (3 a 0).
E os gols foram de pênalti para Marcelo e numa falha coletiva da zaga esmeraldina com a bola sobrando para Pedro Oldoni. Ou seja, nenhuma jogada que pudesse animar o torcedor com o poder ofensivo do time.
Exceto no empate contra o Galo, coube aos zagueiros e volantes atleticanos executar função dupla: desarmar os adversários e ainda assinalar gols. Essa situação vem se repetindo desde o Campeonato Paranaense quando a equipe ainda atuava no 3-5-2.
O fraco desempenho do ataque e a vocação artilheira do setor defensivo ficam comprovados na listagem dos maiores goleadores desta temporada. O único atacante é Marcelo Ramos (14 gols). Os demais são o zagueiro Antônio Carlos (8); o volante Alan Bahia (6) e o zagueiro Danilo (5).
Mudança?
O técnico Roberto Fernandes afirmou que em equipe comandada por ele, responsável por marcar gols é o ataque. Porém, em um mês de trabalho, o novo comandante não conseguiu acertar o setor ofensivo. E não foi por falta de tentativa.
Todos os atacantes disponíveis foram testados, mas nenhum se firmou. Assim, a esperança de acerto recai em novas experiências com Júlio César, Ferreira e Joãozinho que, apesar de terem se juntado recentemente ao grupo, vão ter que fazer a diferença.
Opções
Júlio César está em tratamento no departamento médico devido à contusão no tornozelo esquerdo e seu retorno ainda é incerto. Joãozinho continua treinando para obter condições de jogo e, conforme Roberto Fernandes, está num processo de recuperação.
?Há um processo natural que o futebol exige. Primeiro tem que estar bem fisicamente. A questão técnica vem em segundo plano e tática em terceiro. Tecnicamente, João tem um qualidade de finalização muito grande. Mas ainda não está num estágio competitivo?, explicou o treinador.
A última aposta contratada para o ataque é Rafael Moura, mas contar com ele, somente em agosto.