Depois de sofrer a primeira derrota na nova Arena da Baixada diante da torcida (1×0 para o Internacional), o Atlético vai à cidade de Chapecó, e enfrenta muito mais do que apenas a Chapecoense. O jogo é o terceiro dos seis desafios chaves projetados há algumas rodadas e precisa, além de somar pontos, melhorar o péssimo retrospecto que tem jogando longe de seus domínios.
Até agora foram 11 jogos na casa dos adversários e apenas duas vitórias. Trocando em miúdos, conquistou nove pontos em 36 disputados. É sabido que o desempenho fora de casa é o fiel da balança na hora de definir o futuro de cada equipe na competição de pontos corridos. Para quem já esteve no G4, a uma vitória da vice-liderança, ter apenas cinco pontos de vantagem sobre a zona do rebaixamento reforça a necessidade de vencer fora.
Claudinei Oliveira comandou o Atlético por duas vezes como visitante: contra Grêmio (derrota por 1×0) e Cruzeiro (2×0). Contra o time gaúcho o Furacão se postou bem. Mais atento, disposto e ágil, trocou passes, viu Marcelo voltar a jogar bem e teve uma dupla de zaga mais segura do que nas rodadas anteriores. “Contra a Chapecoense o time poderia ser mais parecido com o do jogo contra o Grêmio. A diferença é que o Atlético é melhor que a Chapecoense. Então tem que continuar marcando, mas precisa jogar mais do que jogou naquele jogo”, disse o comentarista da Tribuna 98, Cristian Toledo.
Duas rodadas depois foi a Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro. Ainda sem conseguir tempo para treinar e implantar sua filosofia de jogo mais profundamente, Claudinei Oliveira decidiu arriscar. Mas, segundo o comentarista Guilherme de Paula, exagerou. “Foram mudanças radicais, apostando numa linha de cinco jogadores atrás. Ali o Claudinei errou. Ele diz que não tem como treinar, mas muda muito. Não treinou e apostou. Errou. Os outros resultados ruins foram consequência do elenco limitado”, afirmou.
Time ideal
Para o jogo de amanhã o treinador não poderá contar com o atacante Douglas Coutinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A “baixa” fará com que o time mude mais uma vez sua característica. As opções são Mosquito e Marco Damasceno, com o primeiro largando em ampla vantagem. Uma porque já teve outras oportunidades e tem mais experiência, outra porque o jovem Damasceno tem apenas 18 anos e só fez o seu primeiro jogo como profissional na rodada anterior. Pela direita Mário Sérgio é desfalque e Sueliton será o escolhido.
O time deve ter uma “cara” mais parecida com aquele jogou contra o Grêmio, com uma lembrança daquele que perdeu para o Inter. Para Guilherme de Paula, Claudinei Oliveira precisa encontrar logo um time base para legitimar a evolução da equipe Rubro-Negra.
“
Esse mesmo elenco pode render mais. O Claudinei precisa dar um norte para o trabalho dele. A cada jogo tem uma estratégia especifica e assim fica difícil”.
