A torcida do Atlético pode preparar os nervos e o coração. Após a dramática vitória de 1 a 0 sobre o Sport, no último sábado, o Furacão parte agora para uma de suas mais difíceis sequências de jogos no Brasileirão. As próximas quatro partidas serão um desafio e tanto para o Rubro-Negro. Vágner Love, Diego Souza, Ronaldo, Defederico, D’Alessandro… Alguns dos craques mais badalados do país estarão no caminho atleticano.
No próximo sábado, o adversário será o Palmeiras, um dos líderes do campeonato, em São Paulo. Depois, o time encara o Corinthians, que tenta voltar à disputa pelo título, de novo na capital paulista.
O retorno à Baixada será no dia 7 de outubro, uma quarta-feira, contra o Grêmio. E no final de semana seguinte, o adversário é outra equipe que briga pelo troféu: o Inter, em Porto Alegre.
Com tanta pedreira pela frente, a vitória (1 a 0) do último sábado foi mesmo fundamental. “Não foi uma boa exibição, mas a prioridade era a vitória. Como disse o Nei (lateral), anteriormente, era um jogo de 30 pontos”, diz o técnico Antônio Lopes.
Com 31 pontos na tabela, o Atlético manteve o 14.º lugar e uma boa distância da zona de rebaixamento. Condição que dá mais tranquilidade para os próximos desafios.
Mais problemas
Para o primeiro embate, contra o Verdão paulista, Lopes tem dois desfalques. O atacante Wallyson e o lateral-esquerdo Marcio Azevedo levaram o 3.º cartão amarelo contra o Sport e estão suspensos. Em compensação, o time terá os retornos do meia Wesley e do centroavante Alex Mineiro.
A volta de Wesley, que vem sendo uma das principais peças da equipe, anima o técnico. Ele pode ser o substituto de Márcio Azevedo, repetindo a função que fez contra o Botafogo, na Sul-Americana, com um bom rendimento.
“O retorno do Wesley ajudará. Ele tem força de ataque, velocidade, boa técnica e trabalha bem a bola. Quando estamos no campo defensivo, exerce várias funções. Vamos melhorar, principalmente em termos ofensivos”, avalia.
Mas se diante do Leão pernambucano, um dos piores times do campeonato, o Atlético tomou sufoco em casa, o que esperar da equipe contra adversários que estão no topo da tabela? Para Lopes, enfrentar os “cobrões” pode ser uma boa.
“Prefiro sempre jogar contra equipes que estão no topo da tabela. Eles vêm mais tranqüilos e relaxados. Jogar contra times da zona do rebaixamento é complicado, sempre é uma decisão”, conclui o Delegado.