O Atlético viaja hoje cedo para Porto Alegre em busca do tão almejado equilíbrio. Uma missão difícil, mas não impossível para quem começa a viver dias tranqüilos após crises e turbulências vividas após a conquista do título brasileiro em 2001. Para chegar ao objetivo, não pode perder (o melhor seria ganhar) para o Internacional na partida de amanhã, às 16 horas, no Beira Rio. Na bagagem, o técnico Osvaldo Alvarez leva o mesmo esquema tático e praticamente a mesma formação que passou pelo Juventude na última rodada.
A única diferença em relação ao time de domingo passado é a entrada de David na lateral-direita. O titular, Alessandro, tomou o terceiro cartão amarelo e terá que cumprir suspensão automática. Após tantas mudanças de formação, Vadão começa a dar mostras de encontrar o time ideal e essa manutenção (e seu respectivo entrosamento) deverá ser a principal arma contra os gaúchos em Porto Alegre.
“É o ideal (manter a base) desde que a equipe venha respondendo. Às vezes não vem o resultado, mas se você confia naquela equipe, você mantém para que ela adquira o entrosamento e, aí sim, os resultados aconteçam normalmente”, diz Vadão.
Apesar do respeito e da cautela contra o Internacional, a meta é quebrar logo o tabu de não vencer fora de casa desde setembro do ano passado. “A torcida pode esperar para domingo um time aguerrido e que vai lutar para vencer”, promete o artilheiro Ilan.
Kléberson
A diretoria do Atlético confirmou ontem que está mantendo contatos com clubes ingleses para negociar Xaropinho e, inclusive, confirmou a informação dada ontem em O Estado, de que olheiros ingleses estiveram na Arena para ver o pentacampeão em campo contra o Juventude. No entanto, os dirigentes continuam negando qualquer proposta por parte do Birmingham. Apesar da ansiedade em atuar num clube europeu, Kléberson disse que nem conhecia o The Blue (apelido do clube). “Ninguém comentou nada sobre uma possível negociação. Nunca ouvi falar nesse time e, se for esse, vou ter que ensaiar bastante para falar o nome”, brincou.
Capone, o dono da “cozinha” rubro-negra
O zagueiro Capone está pouco a pouco conquistando seu espaço no Atlético. Contratado para dar um equilíbrio na zaga rubro-negra, ele vem ganhando a confiança dos companheiros é já é um dos líderes do jovem time do Rubro-Negro. Ao lado do capitão Leomar (como ele gosta de ressaltar), o jogador tem a missão de orientar os demais jogadores e passar a tranqüilidade necessária para que a equipe consiga produzir o esperado de quem foi campeão brasileiro. Em entrevista ao Paraná-Online, ele diz que não tem medo de jogar bonito e que já se sente em casa no clube.
Paraná-Online
– Você já conseguiu se ambientar aqui no Atlético?Capone
– O clube lhe dá condições de trabalho e assim o seu rendimento vai ser bem melhor. Então, estou bem ambientado e entrosado com meus companheiros. Estou me sentindo bem, me sentindo em casa.Paraná-Online
– Essa tranqüilidade que você passa ao time vem da sua experiência?Capone
– Não, o time estava bem. Eu acho que são detalhes numa partida de futebol e não é um jogador que vai mudar isso aí. Os companheiros que estavam aqui precisavam conversar. No jogo, um ajudando o outro e fora de campo é importante estar todo mundo junto. Nas vaias e nos aplausos, a gente tem que agüentar. Nós estamos nessa profissão para receber críticas e elogios.Paraná-Online
– Nos jogos, você é daqueles que ficam orientando os companheiros?Capone
– O fundamental é você orientar dentro de campo. Desde o Diego até o banco. No jogo, um orientando o outro ajuda muito. É na conversa que a coisa anda e muitos que antigamente não falavam, já estão falando.Paraná-Online
– De onde vem essa característica de fazer bons lançamentos?Capone
– Eu era um volante antigamente e armava o time. Quando eu comecei nos juniores eu até joguei umas partidas com o Vadão (Osvaldo Alvarez, treinador do Rubro-Negro) no início de carreira e era o segundo volante. Eu não perco isso nunca. Alguns jogadores de defesa têm medo de jogar a bola no meio e perder, mas você ligando a defesa e o ataque o mais rápido possível facilita o trabalho para os atacantes. Eu me tornei um especialista nisso aí porque treinava bastante.Paraná-Online
– Contra o Internacional o time vai manter a mesma postura da partida contra o Juventude?Capone
– É um jogo difícil e temos que chegar lá e encarar o Inter. O Atlético é um time grande e vai disputar um clássico do Sul. Se aqui faz frio, lá também faz e esperamos que seja um grande jogo. A gente fez uma grande partida contra o Juventude e esperamos que os jogadores tenham consciência de que, se ganharmos deles, vamos ficar numa posição muita boa no campeonato.