A poucos dias da estréia no Campeonato Brasileiro, o zagueiro Danilo avisa: ?Jogar no Atlético é sempre pressão?. Em meio à turbulência das desclassificações no Paranaense e na Copa do Brasil, é assim que os jogadores do Rubro-Negro estão encarando a terceira competição do ano. Diante do Fluminense, eles esperam reencontrar a regularidade perdida dentro de casa e voltar a vencer uma partida após 42 dias. O confronto contra os cariocas está programado para domingo, às 18h10, no Estádio Joaquim Américo.
?É preciso vitórias e quando ela não chega, vem a cobrança, vem a pressão.
A gente espera vencer na estréia da competição para depois sair e ir buscar pontos também?, aponta. A última vez que o Furacão saiu de campo com os três pontos foi contra o Cianorte, dia 5 de março, ainda na primeira fase do estadual, quando a equipe goleou por 5 a 1. Curiosamente, essa partida marcou involuntariamente a despedida do técnico Lothar Matthäus, que dois dias depois pediu para visitar a família na Hungria e não voltou mais.
O que veio em seguida, todo mundo já sabe e ninguém no clube quer mais lembrar. No entanto, para isso, é preciso voltar a ganhar, diz Danilo. ?Temos que ser fortes dentro de casa. O campeonato é longo, temos que ter um elenco de qualidade e ser um time regular. Contra o Fluminense, esperamos voltar a vencer porque faz quatro partidas que a gente não vence?, destaca. Nesses quatro jogos, o time acabou sendo duplamente eliminado, pela Adap, no regional e pelo Volta Redonda, na Copa do Brasil.
De acordo com o atacante Rodrigão, o grupo sabe da responsabilidade de abrir a competição com uma vitória. ?Está todo mundo consciente, é bom estrear em casa, contra uma grande equipe, mas temos que nos impor e ir em busca dos três pontos?, opina. Ele garante que houve uma melhora na equipe em relação às últimas partidas e o torcedor poderá ver um Atlético bem diferente domingo. ?O treinador está conhecendo mais os atletas que tem e até no final de semana continuamos trabalhando?, analisa.
Após a partida contra o Fluminense, o Rubro-Negro terá algumas ?pedras? para quebrar. Vai encarar os campeões estaduais Santos e Botafogo, fora de casa, e volta para a Baixada para pegar o forte Internacional, mordido com a perda do título gaúcho.
Riva está fora do Rubro-Negro
Agora é oficial. O preparador físico Riva Carli, responsável pelo fôlego do time na conquista do Brasileirão de 2001, não faz mais parte do Atlético. Esta semana, ele acertou a rescisão de contrato e pode se transferir para o Figueirense. Com a contratação do técnico Givanildo de Oliveira, ele havia perdido a função para Wellington Vero, fiel escudeiro do treinador pernambucano. O restante da comissão técnica, pelo menos por enquanto, ficou com Nílson Borges (auxiliar) e Valdemar Privati (preparador de goleiros).
?Hoje (ontem), assinei toda a papelada e agora é só esperar propostas?, revelou Riva. Depois de ter atuado no Bahia e no futebol chinês, ele retornou ao clube no ano passado para resolver os crônicos problemas físicos que o time teve após sua saída em 2002. Para tanto, acabou retirando uma ação milionária na Justiça trabalhista num acerto com o presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia. Um ano depois desse retorno, com a chegada de Givanildo, perdeu espaço e acertou a rescisão. Agora, a tendência é que ele acerte com o clube catarinense, que dispensou esta semana Manoel dos Santos. O bom relacionamento com o técnico Adílson Batista, do Figueirense, pode facilitar a contratação.
Time
Enquanto isso, Givanildo realizou mais um coletivo do Rubro-Negro na preparação para a estréia no Campeonato Brasileiro. A imprensa não pôde acompanhar os trabalhos. A única informação é que o atacante Rodrigão, com dores musculares, foi poupado e substituído por Fabrício, que jogou na meia, com Ferreira deslocado para o ataque. Hoje, o elenco trabalha em dois períodos e amanhã faz mais um treino de conjunto para acertar a equipe que pega o Fluminense.
