O técnico Sérgio Soares terá de surpreender o São Paulo amanhã, na Arena Barueri, para tentar impedir que Paulo César Carpegiani faça uma leitura antecipada do Atlético – clube que tanto conhece – e tire proveito disso.

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Foram apenas quatro rodadas, desde que o Furacão trocou de treinador, e agora, em um jogo decisivo, enfrenta o comandante que formou a base do atual time. O confronto entre ex-treinador e ex-clube não é novidade neste Campeonato Brasileiro, tamanha a dança das cadeiras entre os comandantes.

Levando-se em conta os resultados dos “ex”, os números não são animadores. Nove treinadores trocaram de clubes na Série A e quatro deles tiveram o gostinho de confrontar o antigo empregador com supremacia no placar.

Apenas Adílson Batista não vingou. No comando do Corinthians foi derrotado pelos seus ex-comandados do Cruzeiro, por 1 x 0. Celso Roth teve o melhor aproveitamento. Venceu o Internacional no comando do Vasco e depois, já no Colorado, triunfou em cima da equipe carioca.

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Mas Soares não deve ter surpresas tão contundentes no jogo de amanhã contra os paulistas, para não colocar em risco o projeto do G3. Desde que chegou no Atlético, o técnico tem feito mudanças sutis.

As maiores alterações são em relação à formação em campo. Carpegiani variava muito mais a escalação. O antigo treinador teve jogos em que atuou com um atacantee em outros chegou a ter até quatro homens na frente.

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Com Soares, a formação se mantém no 4-4-2, com um atacante um pouco mais à frente. Os jogadores confirmam a manutenção do esquema e comemoram a estabilidade.

“O Sérgio motivou mais a equipe, taticamente não mudou muito. Claro que impôs o trabalho dele. Ele cobra mais ritmo, mais velocidade no contra-ataque”, disse o lateral Paulinho.

É justamente nas laterais que os jogadores sentem mais diferença, em relação ao sistema defensivo. “O Carpegiani gostava mais da marcação nas laterais. Já o Sérgio cobra mais pelo meio. Ele força a marcação no meio. Mas é basicamente o mesmo time”, acrescentou o volante Chico.

Soares disse que a opção por não fazer grandes alterações foi uma tática para manter o bom rendimento do time. A maior mudança que ele destaca é a relacionada às correções, com base no seu estilo de trabalho.

“O time, na minha concepção, trabalha a bola mais no chão, dominando, não estica tanto essa bola. Foi isso que eu vi quando cheguei aqui. O time passou a trabalhar a posse de bola e colocamos mais um atacante à frente. De resto, tudo igual”, observou, dizendo-se pronto para opor criação e criatura.