Apesar da determinação do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) para que a Fomento Paraná não fizesse o repasse das primeiras parcelas do quarto financiamento à CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras da Arena da Baixada -, representantes da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado, e que fazem parte da organização da Copa do Mundo em Curitiba, confirmaram que o primeiro repasse da nova linha de crédito ao Atlético já foi feito e que o clube tem fluxo de caixa necessário para tocar as obras. A Fomento Paraná, alegando sigilo bancário na transação, não confirmou a informação.
Apesar de admitir a preocupação com as determinações e recomendações feitas pelo TCE-PR, o secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, ressaltou que as obras do estádio serão tocadas normalmente diante da liberação dos recursos provenientes do quarto financiamento. ‘Haverá fluxo de caixa para tocar a obra tranquilamente até o final. Foi liberada a primeira parcela na sexta-feira, que corresponde a aproximadamente um terço do valor de R$ 65 milhões’, garantiu Cordeiro. ‘Pelo que estou sabendo já foi liberada a primeira parcela’, emendou o coordenador-geral do Estado para assuntos da Copa, Mário Celso Cunha.
Na semana passada, depois de a situação burocrática ser resolvida pelo banco estadual e de a hipoteca da Arena da Baixada ser validada como garantia para a CAP S/A obter os recursos dessa nova linha de crédito, a expectativa da Fomento Paraná era que a liberação fosse feita na sexta-feira. Porém, no mesmo dia o TCE-PR se manifestou e apontou algumas irregularidades na engenharia financeira da reforma do estádio atleticano e isso atrapalhou o processo da liberação dos recursos. Assim, somente depois que a instituição financeira estadual prestar os esclarecimentos necessários ao organismo fiscalizador – prazo de 10 dias – é que o montante poderia ser liberado.
Valor final não confirmado
O valor de R$ 65 milhões referente ao quarto financiamento pedido pela CAP S/A para conseguir concluir a Arena da Baixada a tempo da Copa do Mundo ainda não foi crivado pela Price Waterhouse, empresa de auditoria contratada pela Fomento Paraná para acompanhar o cronograma físico e financeiro das obras do estádio. De acordo com a auditoria realizada, o valor do custo da obra é divergente com a prestação de contas prestada pela CAP S/A e, por isso, que a Price Waterhouse demorou para crivar o orçamento final da reforma da Arena da Baixada. Porém, neste período em que as parcelas do financiamento serão liberadas, o Atlético poderá comprovar os gastos e regularizar os contratos para conseguir receber o valor total solicitado junto ao banco estadual.