O presidente do Atlético, Marcos Malucelli, ainda não engoliu a história de o clube estar fora do grupo principal de beneficiados pela loteria Timemania. Segundo o mandatário, a revolta não é pelo rebaixamento do Furacão, mas pela maneira como ocorreu a queda.
O Atlético foi o 17.º colocado no acumulado, que deveria ser contabilizado como o último da temporada 2010, mas daí a Caixa Econômica Federal antecipou o concurso 172 e o Rubro-Negro sentiu-se prejudicado pela decisão. No concurso 171, o Furacão ficou na primeira colocação geral, o que lhe manteria entre os 20 melhores.
O clube vai tentar negociar com a Caixa Econômica Federal, responsável pelas loterias no Brasil, para que a posição seja revista, uma vez que a entidade financeira antecipou um concurso previsto para ocorrer em 2011, situação que colocou o Atlético em 21. º lugar no ranking.
O Rubro-Negro tentará uma conversa amistosa, mas se não conseguir o efeito esperado, Malucelli já cogita uma ação judicial contra a Caixa. O presidente contesta o fato de o banco ter antecipado o concurso 172 sem mesmo consultar os clubes que fazem parte da loteria.
“Estamos estudando a viabilidade de discutir isso. O Atlético não vai se entregar assim. Se a Caixa não reconsiderar esta decisão, se entende que 2010 se estende até o primeiro concurso de 2011, vamos discutir judicialmente”, afirmou o presidente.
Mesmo com a probabilidade de entrar com processo contra a Caixa, Marcos Malucelli assegura que não é por questão de dinheiro, mas sim pela maneira como se sucedeu o episódio. A queda para a Série B da Timemania não obrigará o Rubro-Negro a desembolsar dinheiro para manter as parcelas do Refis dos tributos em dia.
“Financeiramente não atrapalha em nada. O Atlético não vai precisar tirar um centavo dos cofres. Nossa dívida é pequena. A prestação é de R$ 27 mil e já estávamos antecipando parcelas. A receita que virá não será tão grande, mas fica entre R$ 28 mil e R$ 30 mil”, acrescentou o presidente.
A maior preocupação do dirigente em relação à Timemania é a maneira como ela beneficia os clubes. Malucelli queria uma reformulação nas regras. Para ele, seria mais justo se a Caixa fizesse uma média de apostas no decorrer do ano, para que um clube não fosse beneficiado pelo último concurso da temporada.
“O Juventude teve 100 mil apostas no último concurso. Isso é impossível para quem tem média de 7 mil a 8 mil apostas por mês. A Caixa deveria reconsiderar esta fórmula”, disse o presidente rubro-negro.