As facções Os Fanáticos e Ultras estão proibidas, a partir do Campeonato Paranaense, de entrar na Arena a Baixada com faixas e instrumentos de percussão. A medida foi determinada pela câmara de ética e disciplina do clube, após a última confusão entre as duas organizadas.
Domingo passado, no jogo de encerramento do Campeonato Brasileiro – Atlético 1 x 0 Avaí -, as duas torcidas se desentenderam na Arena de Baixada e foi preciso intervenção da Polícia Militar para não ocorrer um confronto direto.
Os integrantes da torcida Ultras foram retirados do estádio 20 minutos antes do fim do jogo. Segundo a câmara de ética, a decisão de retirar o grupo foi em razão de estar em menor número e também por ter iniciado as provocações que foram respondidas pela Os Fanáticos.
Desde que ocorreu a briga em frente ao bar Prajá, que fica na entrada do estádio, em setembro, o Furacão tem tentado pôr fim às confusões. Foram realizadas várias reuniões entre dirigentes atleticanos e integrantes das diretorias das duas torcidas que se comprometeram a solucionar as diferenças fora do estádio.
Como não colocaram em prática as palavras, a Câmara de Ética tomou medidas mais enérgicas. “Estamos tentando, desde o início, resolver pacificamente. Mas a partir do momento em que ficou claro que não havia preocupação com o clube, de que elas acham que estão acima do Atlético, tomamos a medida. Agora chega”, explicou Rafael de Melo, membro efetivo da câmara de ética e disciplina.
Allan Costa Pinto |
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Ultras: comissão de ética alega que tentou solução pacífica. |
As sanções podem ser ampliadas se os conflitos continuarem. A intenção da câmara é impedir que as brigas causem transtornos aos sócios-torcedores alheios às organizadas, além de evitar punições ao clube.
Todos os integrantes serão cadastrados pela câmara para que a identificação dos arruaceiros seja mais rápida e eficaz. “Eles estão sempre dando a palavra. Dizem que é um problema que precisa ser resolvido, mas não cabe ao Atlético resolver, e sim a eles. Um joga a responsabilidade no outro e a partir do momento que esse conflito ofereça risco ao clube, temos que intervir”, destacou Rafael.
Várias pessoas envolvidas na confusão de domingo passado já foram identificadas. Três delas, todas de organizadas, foram suspensas preventivamente.
Mas a câmara de ética continua com o processo investigatório e outras pessoas devem sofrer punições pelo envolvimento. “Acredito que as medidas vão, no mínimo, fazê-los respeitar o clube. Dentre os suspensos estão pessoas importantes das torcidas e isso é uma forma de pressioná-los a tomar providências. O problema não são as organizadas, mas os maus elementos que estão ali”, afirmou Rafael.
