Atlético quer aquilo que está previsto no regulamento

O futuro do Campeonato Paranaense deverá ser decidido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A proposta elaborada pela Futpar para tentar evitar maiores danos à competição, privilegiando os critérios técnicos, foi por água abaixo pelo que deu a entender as entrelinhas, pois a FPF alegou que para qualquer mudança na tabela precisaria da aprovação dos clubes participantes do estadual.

Tal argumento da Federação não convence o Furacão. “Para mim o critério da FPF de querer a aceitação de todos os clubes é descabido porque ela, unilateralmente, é quem solta a tabela, não são os clubes que tem que divulgar, desde que a tabela seja justa com a classificação” comentou o advogado Gil Justen, do departamento jurídico atleticano.

Na visão rubro-negra, a formatação atual da tabela para a fase final prejudica o time da Baixada – provável vencedor da etapa classificatória – e beneficia o 2.º colocado, atualmente o Coritiba. Por essa razão, o Alviverde não apoia a proposta da Futpar e se manifestou contrário a qualquer alteração neste momento da competição.

Julgamento

Diante desse impasse, o Atlético não abrirá mão do recurso impetrado no STJD questionando o artigo 9.º e a decisão acontecerá no tapetão. Nos bastidores comenta-se ser grande a chance do Furacão ter o seu recurso acatado no tribunal. Isso porque o artigo 9.º do regulamento do Campeonato Paranaense, objeto da intervenção judicial, pode ter sido mal redigido mas não deixa dúvidas de interpretação.

Caso saia vitorioso no tribunal, o Furacão jogará todos os sete jogos da etapa final do Paranaense em seu estádio e terá direito a todas as respectivas rendas que engordarão ainda mais o caixa do clube. Além disso, pela melhor campanha, se confirmada em campo, o Furacão iniciará a fase posterior com dois pontos de bonificação. Ou seja, o clube estará com a faca e o queijo nas mãos para sair do jejum da conquista de títulos que já dura três anos.

O julgamento da ação no pleno do STJD terá que ocorrer no próximo dia 19 para não atrapalhar a continuidade do Paranaense, cuja fase de classificação termina dia 25.

Decisão

A confusão pode se estender ainda mais, pois a decisão do STJD pode ser contestada na Justiça Comum. O Atlético, porém, ainda não se manifestou se irá recorrer a essa instância se a decisão não lhe for favorável. “Os critérios na formulação atual da tabela (2.ª fase) são inaceitáveis para o Atlético. Se nada for alterado, o Atlético não tem uma posição definida ainda.

Mas o Atlético, desde o começo, pensou em afastar qualquer risco de tumulto no campeonato. Isso é muito importante que o torcedor de qualquer time tenha ciência. Antes do Atlético cogitar ser o 1.º colocado, ele contestou a justiça dessa tabela”, comentou o advogado atleticano.

Sobre a possibilidade de recorrer a Justiça Comum, Justen afirmou que o clube vai esperar a decisão do STJD. Depois, o Conselho Admnistrativo do clube se reunirá para tomar uma decisão que será repassada ao conselho jurídico atleticano executar.

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