Hoje à noite, em Volta Redonda, o confronto entre Flamengo e Atlético pode ser chamado de o “jogo dos desesperados”, mas em circunstâncias opostas para cada um dos oponentes.
Depois de dois anos lutando prara não cair, nesta temporada o Furacão segue na briga pelo G4. Para manter-se vivo nesta luta, não pode pensar sequer em empate contra o rubro-negro carioca. O momento exige superação, inclusive por causa dos desfalques de Rhodolfo, Branquinho, Élder Granja e Maikon Leite.
Já o Flamengo, depois de uma temporada fechada com chave de ouro em 2009, culminando com a conquista do Campeonato Brasileiro, agora luta contra o rebaixamento.
Desde a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, o time melhorou seu desempenho, está invicto -duas vitórias e quatro empates -mas segue sob ameaça. Principalmente, por que o time carioca é o “rei do empate” na competição: em 33 rodadas, foram 16 placares de igualdade.
Apesar da campanha nada empolgante do Flamengo, o Atlético terá de superar o tabu de nunca ter vencido o rival de hoje jogando no Rio de Janeiro. O elenco atleticano, no entanto, não pensa no histórico ruim que tem na bagagem.
São 13 confrontos em terras cariocas, com 11 vitórias para os donos da casa e dois empates. Tabu à parte, a estratégia do Furacão é focar na Libertadores e esquecer qualquer fator que seja contrário ao objetivo.
“Será um jogo bom, com as duas equipes procurando a vitória. Sabemos que com mais uma vitória subimos na tabela. É com esse intuito que vamos para o jogo”, diz o lateral-direito Wagner Diniz, que volta a jogar no lugar de Élder Granja.
Dos tópicos que precisam ser deixados de lado está também a arbitragem. Nos três jogos recentes, o Atlético reclamou bastante dos homens do apito e a diretoria de futebol chegou a dizer que iria preparar um vídeo para ser enviado à CBF sobre os erros que têm prejudicado o clube.
A maior reclamação é sobre pênaltis não marcados, e os números confirmam o desagrado rubro-negro. Neste Brasileiro, foram apenas duas penalidades. O Corinthians, por exemplo, já teve 14 pênaltis assinalados.
Mas para os jogadores o problema precisa ser superado. “Não temos que ligar para a arbitragem. Temos que seguir fazendo nosso trabalho e colocar a bola para dentro, por que assim nada tira nossa vitória”, destaca Diniz, confiando que o Atlético retorna de Volta Redonda credenciado a seguir na luta pela Libertadores e com o fim do tabu na bagagem.