O Atlético ainda não acertou a pontaria neste Campeonato Brasileiro e tem apenas um gol em quatro jogos – marcado por Madson, domingo passado, no empate por 1 x 1 contra o Flamengo. Mas não é por falta de tentativas que o Furacão está devendo.
O grupo comandado pelo técnico Adilson Batista é o quarto time que mais finaliza na Série A, até aqui. Os atleticanos, segundo levantamento do Footstas, já concluíram 65 vezes a gol.
O desempenho é inversamente proporcional à posição que ocupa na tabela – a penúltima posição – e melhor que a de times como São Paulo, Corinthians e Palmeiras, que encabeçam a classificação.
Na liderança dos times que mais chutam a gol está o Atlético-MG, com 83 finalizações e 7 gols. Na sequência vêm Cruzeiro, com 72 e 3 gols, e Flamengo, que já finalizou 66 vezes e marcou 9 gols – melhor ataque nestas quatro primeiras rodadas.
Para Adilson Batista, a estatística mostra que a parte mais difícil tem sido feita. O que precisa agora, segundo ele, é acertar o alvo. Se nem a criação estivesse em funcionamento, aí sim, o treinador diz que teria problemas sérios para se preocupar.
Adilson aponta ainda outro fator positivo no scout atleticano. “Treinador não dorme quando o time não cria, não finaliza. Trocamos mais de 500 passes no jogo contra o Flamengo. Tivemos situações para fazer”, frisou.
O técnico agora quer dar tranquilidade a seus jogadores, principalmente os atacantes, que marcaram menos que os meio-campistas este ano, para que calibrem o pé de vez e coloquem o Furacão na parte superior da tabela e encontrem o caminho da artilharia.
“O importante é ter tranquilidade, ir mostrando, cobrando, trabalhando para que tenham calma na hora chegar na frente do gol”, disse o treinador. Não são só os número favoráveis em finalizações que trazem ânimo ao elenco. Os jogadores também comemoram os bons resultados em passes, cruzamentos e posse de bola, mas lamentam que isso não esteja se revertendo em vitórias.
Uma das apostas para o gol, o atacante Adaílton garante que o problema não é falta de treinamento, mas sim uma questão apenas de tempo. “A gente vem treinando bastante. Uma hora vamos fazer o gol. Quando a hora chegar, vamos embalar”, afirma.