Atlético-PR vence e afunda o Botafogo na zona da degola

O Atlético-PR escreveu neste sábado mais um episódio na situação desesperadora que vive o Botafogo no Campeonato Brasileiro. Mesmo fora de casa, em Volta Redonda, os paranaenses aproveitaram o nervosismo do adversário para vencer por 2 a 0, pela 33.ª rodada da competição, e afundaram ainda mais o time carioca na zona do rebaixamento.

O resultado levou o Atlético-PR a 46 pontos, em nono, sem maiores ambições no Brasileirão. Na próxima rodada, a equipe pega o Sport, dia 16, em Curitiba. Já o Botafogo é o 18.º colocado, com 33 pontos, três atrás da Chapecoense, primeiro time fora da zona do rebaixamento e que ainda atua na rodada. Sábado que vem, os cariocas terão pela frente o clássico com o Fluminense, no Maracanã.

O jogo deste sábado foi um exemplo claro da péssima fase botafoguense, e nada deu certo para os cariocas. Com um time remendado, repleto de desfalques, os donos da casa viram Cléo marcar o primeiro gol em posição duvidosa. No segundo tempo, tiveram Junior Cesar expulso por agressão. Na base da raça, ainda foram para cima e criaram seus dois melhores momentos mesmo com um a menos, mas Zeballos acertou a trave e depois Jobson parou em Weverton em defesa espetacular do goleiro paranaense. Nos acréscimos, o mesmo Cléo ainda marcou o segundo para selar o resultado.

O JOGO – O Atlético-PR se aproveitou da intranquilidade do Botafogo para impor uma forte pressão desde o início. A primeira chance da equipe aconteceu logo aos quatro minutos, quando Marcelo arrancou pela direita e cruzou no pé de Marcos Guilherme. Sozinho, o meia bateu em cima de Jefferson, que mostrou reflexo para fazer bela defesa.

O Botafogo até ficava com a bola, mas não criava nada. Do outro lado, o Atlético-PR aproveitava a defesa remendada do adversário para criar seus melhores momentos no contra-ataque, e assim chegou ao primeiro gol. Aos 28, Marcelo, esperto, roubou a bola na intermediária e rapidamente acionou Cléo, que estava em posição duvidosa. O centroavante arrancou e, de frente para Jefferson, tocou no canto para marcar.

O gol não desestabilizou o Botafogo, pelo contrário, a equipe passou a tocar a bola com mais qualidade. Carlos Alberto apareceu para o jogo e comandava o meio de campo, mas era pouco e os cariocas seguiam com dificuldade na criação. Gabriel e o próprio Carlos Alberto, então, tentaram resolver de longe, mas ambos jogaram muito longe do gol. Murilo tentou, também de fora, mas parou em Weverton.

O Botafogo voltou para o segundo tempo com Bruno Correa na vaga de Yuri Mamute, mas a situação continuou a mesma. O time seguia dono da bola, mas sem criatividade. Para piorar, o Atlético-PR ameaçava quando ia ao ataque, como aos 10 minutos, quando Cléo aproveitou cobrança de falta e cabeceou firme, exigindo boa defesa de Jefferson.

A primeira chegada botafoguense de fato foi acontecer somente aos 20 minutos, quando Bruno Correa avançou pela direita, cruzou e Gabriel chegou batendo rente à trave. Quando os donos da casa ameaçavam crescer, Junior Cesar perdeu a cabeça e soltou o braço no rosto de Deivid. O árbitro viu e expulsou o lateral.

A expulsão não mudou o panorama da partida. O Botafogo seguia pressionando, muito mais na base do esforço do que da qualidade, mas esbarrava na própria deficiência. Até que em um belo lance individual, a equipe quase marcou. Régis Souza arrancou pela direita, passou por dois marcadores e tocou para Zeballos, que girou e chutou firme, na trave.

Todo o esforço Botafogo quase foi recompensado aos 41 minutos. Carlos Alberto deu enfiada perfeita para Jobson, que dominou, ganhou do zagueiro e encheu o pé. Mas Weverton esticou o braço direito e espalmou o chute que parecia gol certo. Marcelo também perderia chance clara para o Atlético-PR no minuto seguinte, mas nos acréscimos Dellatorre foi encontrado em posição legal e rolou para Cléo definir o resultado.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 0 X 2 ATLÉTICO-PR

BOTAFOGO – Jefferson; Régis Souza, Dankler, Rodrigo Souto (Bolatti) e Junior Cesar; Airton, Gabriel, Carlos Alberto e Murilo (Zeballos); Jobson e Yuri Mamute (Bruno Correa). Técnico: Vágner Mancini.

ATLÉTICO-PR – Weverton; Sueliton, Gustavo, Cleberson e Natanael; Deivid, Paulinho Dias, Bady (Nathan) e Marcos Guilherme (Dellatorre); Marcelo (Douglas Coutinho) e Cléo. Técnico: Claudinei Oliveira.

GOLS – Cléo, aos 28 minutos do primeiro tempo e aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG).

CARTÕES AMARELOS – não houve.

CARTÃO VERMELHO – Junior Cesar (Botafogo).

RENDA – R$ 38.305,00.

PÚBLICO – 2.609 pagantes (3.187 total).

LOCAL – Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

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