Mais do que permanecer na elite no ano que vem, a luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro tem um reflexo direto nos cofres dos times no ano que vem. Cair para a Série B não só será ruim no campo, mas pode gerar um grave problema financeiro ao clube. Tudo por conta dos novos contratos de televisão que começam em 2019.
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O primeiro caso envolve os clubes que têm acordo de transmissão dos direitos para a tevê fechada com o Esporte Interativo. Mesmo com o canal saindo do ar – as transmissões do Brasileirão do ano que vem estão garantidas e acontecerão nos canais Space e TNT, que fazem parte do grupo Turner, que era a dona do Esporte Interativo.
Entre esses times que assinaram com o canal, três que estão na zona do rebaixamento: Atlético, Ceará e Paraná Clube. Além deles, o Bahia, atualmente na 16ª posição, e o Santos, o 15º, vivem a mesma situação. Se algum deles for rebaixado para a Série B terá o contrato suspenso e não receberá os valores acordados.
Segundo apuração da reportagem, eles deixarão de embolsar pelo menos R$ 10 milhões em valores garantidos, independentemente de classificação na tabela ou audiência, e mais a possibilidade de ganhar até R$ 10 milhões em números que variam de acordo com a posição final no Nacional e do número de partidas transmitidos. Este acordo é válido até 2024 e só é retomado assim que o clube rebaixado retornar à elite do futebol.
O baque financeiro seria ainda maior nos contratos de direitos de transmissão na televisão aberta, cuja única proposta é da Rede Globo. Ceará, Santos, e Paraná fecharam com a emissora carioca. Na projeção dos valores para 2019, o prejuízo seria de R$ 23 milhões para os cearenses, R$ 32 milhões para os santistas e R$ 22 milhões para os paranistas.
Confira a classificação completa do Brasileirão
Outros clubes, como Chapecoense, Vitória, Sport, Vasco, Botafogo e América-MG têm contrato apenas com a Globo e também correm os mesmos riscos que os demais. Já Furacão e Bahia ainda não aceitaram a proposta da emissora.
Um outro problema é que a partir do ano que vem não será mais repetido o sistema de manutenção dos contratos como era feito anteriormente por pelo menos uma temporada com quem subia ou caia de divisão. Ou seja, quem disputar a Segundona terá que realizar um novo acordo, porém com menor poder de negociação e valores mais baixos.
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