Atlético põe seus números à prova

Os números impressionam, a performance no gramado nem tanto. É assim, tentando reencontrar o bom futebol apresentado no início do Campeonato Paranaense, no qual o time quebrou recordes, goleou e ainda disputou partidas muito bem técnica e taticamente, que o Rubro-Negro entra na segunda fase. E agora é pra valer, pois somente dois times se classificam em cada grupo para disputar a semifinal. O primeiro desafio é amanhã à tarde, diante do Engenheiro Beltrão, na casa do adversário.

Em números a campanha atleticana é impecável, praticamente perfeita. Afinal, das 15 partidas disputadas foram 14 vitórias e um empate. Possui o melhor ataque disparado, com 40 gols, e a ótima média de 2,6 gols por jogo. Também tem a defesa menos vazada, com Vinícius buscando a bola na rede rubro-negra apenas sete vezes. O artilheiro da competição também veste a camisa do Furacão: Marcelo Ramos, com 10 gols, ao lado de Keirrison (Coritiba). E pra finalizar, a maior goleada é rubro-negra: 8 a 1 contra o Iguaçu, em União da Vitória.

Foto: Ciciro Back

Antônio Carlos diz que o time é este e a torcida tem que apoiar.

Com todos esses dados favoráveis pode o time não estar jogando bem? A resposta é sim. Até a 12.ª partida do campeonato – que entrou para a história do clube pela quebra da marca de vitórias consecutivas de 1949 – o Atlético estava bem ajustado, principalmente porque o grupo era quase o mesmo que disputou a reta final do Brasileirão de 2007. Mas a partir dali, o clube perdeu dois jogadores (Jancarlos e Claiton) ? que compunham bem o meio-campo e davam opções de jogo – e a equipe caiu de rendimento. Os reservas não corresponderam à altura e, consequentemente, os maus resultados não demoraram a aparecer. Empates com J. Malucelli e Corinthians alagoano, por duas vezes, o que significou a eliminação vexatória do Furacão na primeira fase da Copa do Brasil.

A atuação pífia contra o Iraty fechou a fase classificatória e deixou muito torcedor apreensivo.

Reação

Os jogadores e comissão técnica têm noção da queda de rendimento nos últimos jogos e prometem melhora na segunda fase e a luta pelo título. E esperam contar com o apoio do torcedor. ?Todos estão abalados pela eliminação na Copa do Brasil. O time é esse e a torcida tem que vir e apoiar. Continuamos invictos e esperamos obter bons resultados na 2.ª fase?, afirmou o capitão Antônio Carlos.

A expectativa de crescimento da equipe também gira em torno do fator motivação. Com a irretocável campanha no decorrer da primeira fase, o Atlético não encontrou adversários à altura e perdeu a motivação. Nesta fase que se inicia, todos partem da estaca zero e os concorrentes entram em iguais condições de disputa. Portanto, ao Atlético, resta jogar bem para se classificar.

Para o treinador Ney Franco, agora é hora de passar a borracha em tudo que ficou para trás, desde a alta performance alcançada pela equipe na primeira fase até a desclassificação precoce da Copa do Brasil.

Título estadual vira obrigação do Rubro-Negro

O Atlético entra pressionado para buscar a classificação à semifinal do Paranaense e o título estadual pois será o único dentre os grandes da capital que não disputará duas competições simultaneamente.

Mas a campanha arrasadora na primeira fase do estadual, apesar de intimidar adversários, não credencia o Rubro-Negro a ter uma trajetória fácil na competição. ?Essa reta final vai ser muito disputada. Agora é estudar a chave (que caímos) e tentar manter a mesma performance?, destacou Ney Franco. O Furacão está no grupo A juntamente com Engenheiro Beltrão, Paraná Clube e Iraty.

Para a seqüência da competição, o treinador projeta seu time com mais pegada e determinação. E dá a receita para a classificação. ?Temos que ter competência para conseguir resultados positivos fora de casa e fazer valer o nosso mando de campo?, explicou.

Reforços

O diretor de futebol, Alberto Maculan, disse ontem que a conquista do título estadual é prioridade e que o clube está de olho em reforços. ?Podem ter certeza que estamos trabalhando para trazer jogadores para a seqüência do Paranaense e, principalmente, para o Brasileiro?, comentou.

O dirigente ressaltou que não adianta contratar só por contratar para dar satisfação a torcida ou imprensa. ?Temos muitas propostas, mas queremos trazer atletas melhores que os que saíram e dentro dos parâmetros do Atlético. Ninguém vai endividar o clube, que está sanado?, afirmou.

Engenheiro cheio de gás

Foto: Arquivo

O goleirão Pontelli promete ser uma muralha contra o Furacão.

Empolgado pela vitória diante do Paraná e a classificação inédita para a segunda fase do Paranaense, a equipe do Engenheiro Beltrão (Aereb) recebe o invicto Atlético no Estádio João Cavalcante de Menezes. Os dois times se enfrentaram na primeira fase e o Furacão levou a melhor. Vitória por 1 a 0, na Arena da Baixada. Gol de Antônio Carlos.

O Engenheiro terminou na oitava colocação com 20 pontos (seis vitórias, dois empates e sete derrotas). Marcou 23 gols e sofreu 22. Os artilheiros da equipe são os atacantes Élton e Tiaguinho, ambos com quatro gols. Jogando em casa, o Engenheiro conquistou cinco vitórias, um empate e perdeu apenas uma vez.

A FPF divulgou o trio de arbitragem para comandar o jogo. Leomir de França Cuque será auxiliado por Aparecido Donizetti Santana e Adair Carlos Mondini.

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