Crise instalada

Atlético perde para São Caetano; Jorginho cai

O torcedor do Atlético que acompanhou o jogo contra o São Caetano deve estar com as barbas de molho. O time não consegue engrenar e fez outra péssima exibição. Diante do São Caetano, em Paranaguá, o rubro-negro saiu derrotado por 1 a 0. Tão grave quanto o resultado do jogo, foi ver o quão frágil o rubro-negro está. Após o apito final, a torcida, que mais uma vez decepcionou e foi em número reduzido para acompanhar a partida, gritava “vergonha”,  “timinho” e, uns mais exaltados, gritavam “terceira divisão”.

Com exceção do primeiro minuto de jogo, em que o Atlético fez uma descida perigosa, o decorrer da partida foi um duro exercício para se manter acordado. Os dois times não se encontravam em campo e nem mesmo passes de cinco metros os atletas acertavam.

O primeiro lance que levou algum perigo foi apenas aos 21 minutos, com Gabriel cabeceando perto do gol de Weverton. O rubro-negro só foi responder aos 42, em uma boa jogada de João Paulo, que passou para Marcão na área. O atacante não pegou bem na bola e Luiz fez a defesa.

E foi apenas isso que aconteceu no primeiro tempo.

Protesto e gritos de “vergonha”

Embora tenha sido melhor que o primeiro tempo, a segunda etapa também careceu de um bom futebol. Os erros, ainda que em menor escala, persistiam. Os atletas até demonstravam vontade e determinação, mas a técnica e o refinamento, definitivamente, não deram as caras em Paranaguá.

Percebendo que poderia conseguir algo melhor que um empate, o São Caetano passou a atacar mais, abrindo espaço para os contragolpes do Atlético. O rubro-negro até tentava explorar, mas faltava algo mais para o time, que não conseguia concluir as jogadas de forma satisfatória.

E em um dia em que nada funciona, a zaga atleticana vacilou feio. Aos 23 minutos, o São Caetano invadiu a área fazendo linha de passe de cabeça. Livre de marcação, Geovane testou firme para o fundo das redes de Weverton, que nada pôde fazer.

Apático e sem reação, o Atlético vivia da mesma jogada: levantamento na área. Porém, em todas elas, ou o goleiro Luiz ou a defensiva do time paulista levavam a melhor.

A jogada de maior perigo para o Atlético foi aos 31, quando Tiago Adan aproveitou uma indecisão do goleiro e do defensor do São Caeatno, roubou a bola e, sem ângulo, chutou. Ninguém do rubro-negro acompanhou o lance, facilitando para o São Caetano.

Mas nem mesmo esse lance foi capaz de segurar o torcedor no Gigante do Itiberê. Muitos começaram a abandonar o estádio como forma de protesto. Quem ficou, tratou de vaiar – e muito – o time e a diretoria atleticana. “Vergonha”, “timinho”, “raça” e até “terceira divisão” foram entoados pelos torcedores mais exaltados.

Jorginho demitido

Como a fase não anda boa, sobra para o técnico. Durante a entrevista coletiva, o diretor de futebol, João Alfredo, anunciou que Jorginho não será mais treinador do rubro-negro. Em um tom um tanto quanto lacônico, Alfredo disse “Infelizmente, depois de mais um derrota, a diretoria do Atlético achou por bem demitir o técnico Jorginho”.

Jorginho chegou no dia 27 de junho, na oitava rodada, para substituir Ricardo Drubscky, que ficou duas semanas como técnico principal e sequer conseguiu dirigir o time na beira do gramado por conta de uma suspensão. Em nove partidas pelo Atlético, Jorginho obteve quatro derrotas, três vitórias e um empate. Sua estreia foi com um empate por 0 a 0 contra o Bragantino, em Paranaguá.

O Atlético agora vai até Natal encarar o América. Não se sabe quem irá comandar a equipe.

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