Desfalcado e incorrendo em muitos erros, o Furacão não fez frente ao líder do Brasileirão.
O Botafogo fez 2×0, ontem, em Brasília, e ampliou ainda mais a sua vantagem na ponta da tabela. Agora, são cinco pontos de vantagem sobre o Goiás, vice-líder. Já o Atlético caiu para a 13.ª posição e agora encara o Vasco da Gama, na próxima quinta-feira, em São Januário.
Não é à toa que o Botafogo há tempos lidera o Brasileirão. Com um time coeso e um ataque mortal, o técnico Cuca se deu ao luxo de escalar o time com apenas um zagueiro, o ex-coxa Juninho.
E foi com essa postura que o time carioca ditou o ritmo do primeiro tempo, pressionando o Atlético e fazendo o primeiro gol aos 20 minutos. Um belo gol, com direito a ?deixadinha? de Dodô, após a jogada típica de um ponta do meia Zé Roberto. Lúcio Flávio, livre de marcação, só deslocou Guilherme para fazer 1×0.
O futebol prático – mas recheado de jogadas de efeito – do Botafogo fez a diferença, diante de um Atlético apático. Os volantes escalados por Antônio Lopes não conseguiram anular o toque de bola do adversário. Não que o Rubro-Negro tenha decepcionado completamente. Apesar da inoperância do jovem Kaio na ligação, o Atlético teve pelo menos duas chances para empatar, sempre em bolas paradas. Primeiro numa falta cobrada por Edno, que Júlio César defendeu. E depois num escanteio, no qual Danilo tocou para fora após a falha do goleiro botafoguense.
Além do gol, o Alvinegro esteve a pique de ampliar por duas vezes. Juninho, de falta, mandou um balaço na trave de Guilherme, que no final ainda impediu o segundo gol de Lúcio Flávio, em ótima cobrança de falta. Buscando tirar o ataque atleticano do marasmo, o técnico Antônio Lopes trocou Pedro Oldoni por Marcelo Macedo.
E o Atlético iniciou o 2.º tempo dando a impressão que iria esquentar o jogo. Logo aos três minutos, Dinei chutou cruzado e Júlio César, com a ponta dos dedos, evitou o empate.
Foram pouco mais de dez minutos de bom rendimento e a reação não se confirmou. Coincidência – ou não – a partir da troca de Alex por Cristian, o Botafogo reassumiu o controle das ações. Após dois cruzamentos interceptados por Guilherme, o líder ampliou. Jorge Henrique, como autêntico ala, puxou o contragolpe e tocou para Dodô.
O atacante fez a assistência perfeita para Joílson, que escolheu o canto e fuzilou: 2×0.
O Atlético, mesmo completamente envolvido pelo Botafogo, teve uma chance clara para diminuir, mas Cristian desperdiçou de forma bisonha. Nos quinze minutos finais, o Alvinegro só tocou a bola, com direito aos gritos de ?olé? da torcida brasiliense, que lotou o estádio e fez a festa.
BRASILEIRO
SÉRIE A – 10ª RODADA
BOTAFOGO:
Júlio César; Túlio, Juninho e Luciano Almeida; Joilson (Alessandro), Leandro Guerreiro, Diguinho, Lúcio Flávio e Jorge Henrique (Moreno); Zé Roberto (André Lima) e Dodô.
Técnico: Cuca.
ATLÉTICO
Guilherme; Nei, Danilo, Gustavo e Edno; Alex (Cristian), Alan Bahia, André Rocha e Kaio; Dinei (Rogerinho) e Pedro Oldoni (Marcelo Macedo).
Técnico: Antônio Lopes.
SÚMULA
Local: Mané Garrincha (Brasília).
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF).
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Nilson Alves Carrijo (DF).
Renda: R$ 358.690,00.
Público: 24.923.
Gols: Lúcio Flávio a 20? do 1º tempo.
Cartões amarelos: Leandro Guerreiro e Jorge Henrique (B). Gustavo, Alex e Alan Bahia (A).
Expulsão: Nei a 42? do 2º tempo.