Não foi desta vez que o Atlético conseguiu sua primeira vitória em São Januário e também no Brasileirão deste ano. Ontem, no Rio de Janeiro, o Furacão foi derrotado por 3 a 1 pelo Vasco em um jogo atípico, onde as falhas defensivas, as expulsões e a falta de tranquilidade do time paranaense determinaram o terceiro tropeço seguido na competição, o que deixa o clube numa situação extremamente delicada. Com a derrota, o Atlético cai mais uma posição na tabela e permanece na zona de rebaixamento em penúltimo lugar.
Sem dúvida alguma, o árbitro Nielson Dias foi a figura central da partida, quando ainda no 1.º tempo, marcou uma penalidade contestável e expulsou dois jogadores do Furacão. “Esse 1.º tempo foi uma vergonha. O nosso time estava bem e com mais posse de bola. Essa arbitragem é uma vergonha para o futebol, mas temos que conviver com isso”, desabafou o goleiro Neto na saída para o intervalo. “Estávamos bem no jogo e o juiz fez o que fez”, comentou o capitão rubro-negro Paulo Baier.
O próximo desafio do Atlético é contra o Santos, na Arena, na quarta-feira, e com a obrigação de vitória.
O jogo
O Atlético começou bem a partida. Mantinha posse de bola, trocava passes e incomodava o adversário. Criou sua boa chance aos 8 minutos numa cobrança de falta de Paulo Baier. Porém aos 15 aconteceu a primeira bobeira do sistema defensivo. Foi dado muito espaço para o jovem Jonathan receber a bola e progredir até a entrada da área, quando chutou cruzado e anotou 1 a 0. A bola quicou e o goleiro Neto falhou.
O gol abalou a equipe rubro-negra que se perdeu em campo. A partir dali a sequência de desastres acabou com qualquer possibilidade de um bom resultado atleticano em São Januário.
Lances polêmicos
O volante Chico e o zagueiro Eli Sabiá receberam cartões vermelhos, mas em lances polêmicos. Chico foi expulso direto por ter dado um carrinho lateral que acertou primeiro a bola e depois o jogador. Já Eli Sabiá recebeu o 2.º amarelo em um lance infantil, por reclamação. Mas o que determinou sua exclusão foi o 1.º cartão amarelo, que o jogador recebeu após a marcação de uma penalidade discutível, quando o atacante vascaíno quis forçar passagem. Assim num período de 20 minutos, o árbitro conseguiu anotar uma penalidade para o Vasco e ainda tirar de campo dois jogadores rubro-negros. E com dois a menos, o Atlético fez o que pode. Suportou a pressão e ainda conseguiu um gol no final do 1.º tempo, com o atacante Bruno Mineiro.
Na etapa final, Carpegiani fez substituições para buscar um improvável empate. Mas retirou os dois armadores do Furacão (Branquinho e Paulo Baier) para a entrada de Maikon Leite no ataque e Deivid para reforçar a marcação no meio-campo. Porém a partida virou um ataque contra a defesa. Foi um bombardeio vascaíno, com os defensores rubro-negros salvando como podiam. Até que aos 18, Léo Gago acertou um petardo de fora da área e decretou a vitória vascaína.
Ficha técnica
Série A – 9.ª Rodada
Vasco: Fernando Prass, Fagner, Titi, Dedé e Carlinhos; Rômulo, Nilton (Léo Gago no intervalo), Rafael Carioca e Fumagalli(Allan 23/2º); Jonathan e Nunes (Bruno Paulo 32/2º).
Técnico: Paulo César Gusmão
Atlético: Neto; Leandro, Eli Sabiá, Rhodolfo; Wagner Diniz, Chico, Fransergio, Paulo Baier (Deivid no intervalo) e Paulinho; Branquinho (Maikon Leite no intervalo (Bruno Costa 18/2º)) e Bruno Mineiro.
Técnico: Paulo César Carpegiani
Local: Estádio São Januário, Rio de Janeiro
Gols: Jonathan 15/1º, Nunes 26/1º (pênalti), Bruno Mineiro 47/1; Léo Gago 18/2º AArbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Assistentes: Erich Bandeira (Fifa/PE) e Jossemar José Diniz Moutinho (PE)
Amarelos: Rhodolfo, Eli Sabiá (A); Fumagalli (V)
Expulsões: Chico(A) 31/1º, Eli Sabiá(A) 35/1º